Em uma era onde praticamente tudo se envia, publica, curte e compartilha na internet, ficar sem o acesso à rede mundial de computadores pode ser algo quase impossível. Não só utilizada para trabalho e pesquisas, a internet se tornou um dos principais meios de comunicação e busca de informações.

Segundo levantamento do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic), em 2014, mais de 81,5 milhões de pessoas acessaram a internet através de celulares. De acordo com a pesquisa, esse número corresponde a 47% dos brasileiros com mais de 10 anos de idade, que usaram a internet pelo dispositivo móvel no ano passado. A Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel) apontou que o ano de 2014 fechou com 281,1 milhões de linhas de telefonia móvel em todo o país.

Com um panorama tão abrangente e em evolução, as grandes indústrias têmfeito fortes investimentos nas novas tecnologias. Paralelamente, infelizmente, há também quem use subterfúgios técnicos para tirar vantagem de diversos usuários da internet. Os cibercriminosos estão por toda parte, aproveitam as brechas dos sistemas para roubar informações e dados importantes que estão guardados nos dispositivos e os que circulam pelas redes.

Buscando fornecer conforto aos clientes, estabelecimentos comerciais disponibilizam a rede sem fio (Wi-Fi) gratuitamente. Contudo, o especialista em Segurança da Informação, Ulysses Monteiro, alerta que é necessário tomar algumas precauções, tanto antes de fornecer o serviço, quanto para quem irá utilizar, pois os riscos são grandes para os dois lados.

Dados pessoais

Monteiro explicou que os cibercriminosos atuam com uma espécie de intermediário, que intercepta as informações que circulam do usuário para a internet e vice e versa. “É como se ele estive no meio das transações e tudo o que você joga para rede ele captura, como senhas pessoais, números de contas e cartão de crédito. Ele faz parecer como um espelho, ao mesmo tempo em que você está acessando o seu internet banking, por exemplo, ele também está. A interceptação está no tráfego de dados”, contou o especialista.

Outra situação apontada por Monteiro é que através da rede Wi-Fi é possível invadir o sistema do estabelecimento e roubar diversas informações. “Parar de trafegar na internet hoje em dia não dá mais, mas, tanto os usuários quanto os fornecedores de acesso à rede, devem tomar muito cuidado quando liberar e usar as redes sem fios abertas”.

O estudante de Engenharia da Computação, Tales Brunelli, 24, tem conhecimento de todos os perigos que circulam no uso da rede gratuita. Mas confessou que não consegue deixar de usar a Wi-Fi aberta.

“É difícil me desgrudar da internet. Quando eu chego em um estabelecimento ou já faço o celular procurar as redes ou eu mesmo pergunto se eles têm rede Wi-Fi livre, é uma forma de estar conectado com tudo que acontece. Mas fico restrito em usar as redes sociais e de conversa, não uso sites e aplicativos que solicitam senhas pessoais, nunca acesso site de banco. Conheço todos os riscos e por isso me restrinjo ao o que eu acesso na internet”, salientou Brunelli.

Estabelecimentos
– Fazer os registros dos usuários que navegam pela Wi-Fi aberta
– Sempre separar a rede administrativa da pública
– Sempre manter os softwares de segurança como Firewall e antivírus de boa qualidade e atualizados

Usuários
– Sempre usar Wi-Fi que solicite senhas e/ou cadastro para ser acessado
– Evitar de entrar em sites e aplicativos que solicitem senhas pessoais

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