Um golpe de phishing pode roubar US$ 100 mil por mês no Brasil, diz Eset
IP News - 26/11/2010 - [ gif ]
Assunto: Segurança
De acordo com a empresa de segurança e o CERT.br, esta atividade maliciosa representa 49,9% dos ataques virtuais reportados por internautas brasileiros.
O Brasil continua se destacando como uma das maiores fontes de crimes virtuais. Em 2010, o país ocupou o quarto lugar no ranking de hospedagem de sites com malware e que recebem dados roubados pela web, segundo estudos recentes. O ato criminoso de coletar dados de usuários através de sites falsos é conhecido como phishing – atividade que representa 49,9% dos ataques virtuais reportados por internautas brasileiros, segundo o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br).
O Laboratório de Investigação de Ameaças Virtuais da Eset América Latina publicou recentemente em seu blog dois posts, chamando a atenção sobre fraudes específicas de phishing muito disseminadas no Brasil. Em geral, a maioria das tentativas dos criminosos simula sites de bancos ou empresas de cartões de crédito.
“Comparando as estatísticas de acesso ao site, no mês de março (quando foi propagada a fraude específica analisada) ele recebeu um total de 2013 visitas, sendo que a média mensal não era de mais de 60 visitas por mês”, analisa Joaquin Varela, engenheiro de malware da empresa. “Se considerarmos que pelo menos 2 mil desses visitantes acessaram o site através do falso e-mail do banco, definindo um valor de 50 dólares extraídos de cada conta de usuário, o criminoso virtual poderia obter cerca de 100 mil dólares em um único mês”, conclui.
“Devido a casos como esses, é muito importante que o usuário tenha conhecimento de boas práticas de navegação, evitando cair nesse tipo de golpe. Medidas simples como verificar o certificado de segurança do site ou observar o endereço de destino de links podem prevenir grandes prejuízos”, comenta Camillo Di Jorge, country manager da Eset Brasil. “Devido ao enorme lucro que esses criminosos obtêm com essas fraudes virtuais, e à aparente sensação de impunidade que acompanha esse meio, os golpes não devem parar de surgir tão cedo”, conclui.