Tim Berners-Lee foge da mesmice ao defender portabilidade de dados
IDG Now! - 20/01/2009 - [ gif ]
Autor: Guilherme Felitti
Assunto: Campus Party
Steven Johnson e Demi Getschko em 2008 ou até Mark Shuttlework na edição espanhola em 2007 tomaram outro caminho - falam todos muito bem, mas para quem acompanha com frequência o setor, fica mais a impressão de ouvir alguém relevante ao vivo que se surpreender com algo novo.
O britânico que criou a internet se concentrou em previsões do futuro online que, de certa forma, tinha relação com sua entusiasmada defesa do fenômeno de portabilidade de dados, que ganhou fôlego em 2008.
"Há um movimento interessante na portabilidade de dados. Ele criará um substrato que encorajará pessoas a colocarem dados linkados na internet para que outras pessoas usem. No futuro, acho que o movimento permitirá que governo e companhias nos entreguem dados crus sobre produtos para que as pessoas usem os dados em vários sites para fazer ótimas coisas", explicou
Até mesmo a posse de Barack Obama, que acontece nesta terça-feira (20/10), entrou na roda: "Estamos no momento certo para o fenômeno de dados linkados. O governo Obama chegou na hora certa", afirmou citar a iniciativa do presidentes eleito de oferecer, de maneira livre e acessível, dados governamentais para consulta dos norte-americanos.
Na parte das curiosidades, ao ser questionado o que mudaria na internet caso pudesse fazê-lo, Berners-Lee indicou que tiraria as duas barras presentes logo após do "http". "Salvaria muito tempo e espaço. Hoje eles não são mais necessários". A mudança, porém, exigiria a reformulação completa do sistema.
No primeiro contato com o público em que se concentrou na razão pela qual foi convidado ao Brasil, seus estudos sobre redes, Berners-Lee deu sinais que poderá ir além da apresentação padrão que outras celebridades-mor fizeram.
