Renda barra acesso à inclusão digital
Arquivo do Clipping 2005
Veículo:IDG Now!
Data: 24/11/2005
Assunto: Indicadores
O estudo, feito pela Ipsos-Opinion, mostra ainda que na classe B, 55,5% das pessoas têm computador em suas residências, número que cai para 16,1% na classe C.
A saída para reverter o quadro de exclusão digital, no entanto, está no acesso à internet por meio de centros públicos e não apenas nas políticas de redução de preços como a do Computador para Todos, sugere Rogério Santos, conselheiro titular do CGI.br.
A pesquisa da Ipsos-Opinion revela que dentro da faixa de renda a que se dedica o programa de PC Popular do governo federal - a classe C-, apenas 47,5% das pessoas pagariam até 1,5 mil por um computador.
Dentro das classes D e E, 66,7% dos brasileiros pagaria no máximo 300 reais por um micro, o que quer dizer que 33,3% sequer teriam condições ou interesse de comprar um computador de até 300 reais.
Embora o fato de não possuir um computador em casa seja um impeditivo para o acesso à internet - 46% dos brasileiros não acessam a web porque não têm PC -, a existência de máquinas nas escolas e centros comunitários eleva a possibilidade de inclusão.
Os dados da Ipsos-Opinion mostram que um indivíduo de classe A tem 46 vezes mais chances de possuir um computador do que um de classe D ou E. Contudo, o mesmo indivíduo de classe A tem apenas 20 vezes - menos da metade - mais chances de acessar a internet que um das classes D e E.
Mas no aspecto do acesso à web em centros públicos, as políticas do governo ainda têm muito a evoluir: menos de 1% das pessoas acessaram a internet a partir de pontos públicos gratuitos nos últimos três meses.
Enquanto 10% acessaram de casa, 5% acessaram a partir da escola, o que revela a importância do equipamento das instituições de ensino para levar a inclusão à população.