NIC.br

Ir para o conteúdo
20 JUN 2013

#ProtestoBR: Facebook é popular e Twitter elitista






IDG Now! - 20/06/2013 - [ gif ]
Autor: Cristina De Luca
Assunto: Indicadores Cetic.br

Você já deve ter ouvido até  à exaustão que o uso das redes sociais é a grande novidade na arregimentação de pessoas no século 21 e chega agora ao Brasil, após mostrar sua força em países europeus, asiáticos e africanos.

Então vamos aproximar mais o foco.

Nos últimos dias, quem frequenta várias redes sociais pode perceber diferenças no uso das duas principais redes. As convocações eram feitas no Facebook. As discussões e as informações em tempo real, no Twitter.

Até aí, tudo certo. O Facebook é mesmo a rede da galera, onde nos sentimos confortáveis para influenciar os amigos a defenderem causas e empunharem bandeiras.  E o Twitter, “o rádio”, onde falamos para muitos.

Mas hoje, durante a divulgação da pesquisa TIC Domicílios 2012, outros dados vieram somar-se ao mosaico de informações que ajudam, um pouco, a compreender como o perfil das redes sociais tiveram influência direta nas manifestações.

O pico de utilização das redes sociais ocorre entre jovens com idade entre 16 e 24 anos (86%). Também é alto (75%) a utilização entre os que têm de 25 a 34 anos. A proporção cai para 65% entre 35 e 44 anos e chega a 52% entre usuários com idade entre 45 e 59 anos.


O Facebook é a rede mais popular, usada por mais de 70% dos integrantes de todas as classes sociais (78% da classe A, 73% da B, 72% da C e 69% da D).  “Já o Twitter é mais sensível à classe social, faixa etária e nível de escolaridade”, afirma  Alexandre Barbosa, gerente do CETIC.br e coordenador da pesquisa. O microblog é mais acessado por jovens (entre 16 e 24 anos), das classes A/B, universitários.

Não foi a toa que que o Facebook foi a rede usada para a convocação das manifestações. É onde está a massa, agrupada em pequenos clãs, disponível 24 x7, cada vez mais acessível através dos smartphones.

Ainda segundo a pesquisa do CETIC.br, 84% dos entrevistados usaram seus celulares nos últimos três meses. Contrasta com os 49% que disseram fazer uso da da web no mesmo período. Destes 84% que usaram o celular, 24% disseram acessar a internet pelo celular. Mais da metade desses 24% (55%) acessou a internet através do aparelho diariamente. É bom lembrar, no entanto, que o acesso à redes sociais nos feature phones e smartphones se dá também através de APPs e SMS.

Parte desta massa hiperconectada saiu da rede e ganhou as ruas. O que protagonizaram, vazou para o Twitter na forma de relatos oculares e imagens, postados dos celulares dos que estavam nas ruas e dos computadores dos observadores distantes e ativistas de sofá.

Em tempo: a pesquisa TIC Domicílios 2012 entrevistou 17,5 mil pessoas de todo o país, com idades a partir de 10 anos. O levantamento foi feito entre primeiro de setembro de 2012 e 13 de fevereiro de 2013 e envolveu entrevistas pessoas e nas casas das pessoas, a partir de um questionário estruturado.

A busca por informação continua a ser a atividade primordial do brasileiro na rede _ 84% dos pesquisados disseram ter buscado informação online nos últimos três meses. Na classe A, esse percentual atinge 96% dos usuários e na classes D e E, 64%. Também há diferença na comparação por grau de instrução. Entre os que possuem nível superior, essa atividade foi citada por 95% dos entrevistados. Entre os analfabetos, 63%.

A questão é que hoje, o acesso às redes sociais e busca por informação não são excludentes para muitos internautas. O tamanho da interseção? Isso a pesquisa não diz.