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20 JUN 2011

Principal problema da banda larga no Sudeste é indisponibilidade, diz estudo






BOL - 20/06/2011 - [ gif ]
Assunto: Banda larga

Um estudo realizado no Sudeste indica que os principais problemas técnicos enfrentados pelos internautas são indisponibilidade e perda de pacotes (quando as informações chegam até o usuário incompletas, como no caso de uma transmissão de voz picotada). A pesquisa realizada em parceria entre o Inmetro, Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil) avaliou o desempenho de provedores de banda larga em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

Para a análise foram selecionadas as  quatro operadoras com o maior número de usuários da região: GVT (Belo Horizonte), Net Virtua (Rio, Belo Horizonte e São Paulo), Oi Velox (Rio e Belo Horizonte) e Telefônica (São Paulo). Três voluntários fizeram o monitoramento de cada operadora: eles contrataram um provedor definido pelo Inmetro e usaram um software que monitorava o acesso 24 horas por dia, durante pelo menos dois meses. Os dados coletados durante o monitoramento foram usados para a pesquisa.

“A indisponibilidade do serviço observada em 75% das empresas analisadas demonstrou que o consumidor está efetivamente perdendo tempo de acesso e dinheiro, pois o serviço não se encontra disponível por 24 horas durante os 30 dias”, diz um comunicado do Inmetro. “Os resultados (...) demonstraram a necessidade de adequação dos contratos de prestação de serviços ao Código de Proteção e Defesa do Consumidor e Regulamentação de Telecomunicações, bem como a necessidade de melhoria na qualidade dos serviços oferecidos pelo segmento”, continua. O serviço deveria estar disponível 99% do tempo, e o máximo de indisponibilidade permitida pelo levantamento era 7,2 horas/mês.

Todas as empresas ofereceram um serviço adequado em relação às velocidades média e instantânea – em alguns casos, até superando a velocidade contratada. Em algumas cidades, diz o estudo, consumidores chegam a receber uma velocidade até três vezes maior do que a contratada. Um relatório do CGI.br explica que foi considerada satisfatória uma velocidade equivalente ou superior a 60% do total contratado.

Os principais problemas em relação à parte contratual – outro tipo de análise, que se somou à técnica -- foram itens muito técnicos, a falta de especificação da faixa de velocidade contratada e a falta de garantia da integralidade do serviço. Essas falhas, continua o comunicado, fazem com que o consumidor fique vulnerável.  

Com base nesses dados, três organizações se reunirão para criar propostas da melhoria do serviço de banda larga no país. O Inmetro também enviará o relatório para o Ministério das Comunicações e Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor – (DPDC), do Ministério da Justiça. O objetivo, diz o comunicado, é “contribuir com a implantação do Plano Nacional de Banda Larga e para ações que propiciem a adequação dos contratos de adesão”.