Número de brasileiros sem acesso à Internet chegou a 29 milhões em 2023, diz pesquisa

Números da última edição da pesquisa TIC Domicílios, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), indicam que o acesso à Internet cresceu no Brasil em 2023, alcançando 84% da população contra 80% em 2022. O avanço de quatro pontos percentuais foi impulsionado pelas categorias C e DE, que compreendem as rendas mais baixas na sociedade.

Segundo o levantamento feito no ano passado, 64 milhões de residências estão conectadas à web. Os dados mostram que o smartphone é o único meio de acesso para 58% das pessoas, indicando que esse dispositivo é capaz de democratizar o acesso à Internet, enquanto os computadores, laptops, tablets e Smart TVs seguem restritos às classes mais altas.

Considerando a íntegra dos resultados, nota-se que as divisões C e DE foram as que mais cresceram no último ano em termos de conexão à Internet. Na classe C, o alcance passou de 87% em 2022 para 91% em 2023 (+4% em doze meses), enquanto na classe DE o aumento foi ainda maior totalizando +7% no período, saindo de 60% em 2022 para 67% em 2023.

No caso das classes mais altas A e B, a internet está presente em 98% das casas. Isso mostra uma notória disparidade em relação aos brasileiros com rendas inferiores a R$ 7,1 mil mensais. No quesito compartilhamento com o vizinho, as categorias mais elevadas são as que menos dividem o acesso (1%), enquanto o percentual na DE alcança 25% e 15% na C.

Em síntese, o volume de pessoas desconectadas saiu de 36 milhões, em 2022, para 29 milhões, 2023 — isso significa que 7 milhões de pessoas conseguiram acessar à Internet em 12 meses. Apesar da maior penetração essa conectividade entre os brasileiros no último estudo, 16% das residências do País ainda não têm qualquer acesso à rede.