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01 JUL 2000

Nem só de governo vive a capital do Brasil






Arquivo do Clipping 2000

Veículo: TCInet
Data: 07/2000
Assunto: eleições ICANN

Eduardo Vieira

Nem todos os que chegam a Brasília são pessoas nomeadas para algum cargo do governo ou vencedores de concursos públicos. Nos últimos anos, com um gás apreciável, a cidade começa a se firmar como um pólo de tecnologia da informação.

Hoje, Brasília compete diretamente com os maiores centros econômicos do Brasil na contratação e manutenção de profissionais de computação, e, assim, chegou à sexta posição no nosso ranking das dez melhores cidades para trabalhar.

Quem anda pelo plano piloto de Brasília tem a impressão de estar num condomínio fechado. Há gramados por todos os lados e 43 clubes. É bem verdade que a cidade depende do humor do governo federal, responsável por mais de 90% dos 3 bilhões de dólares que o mercado brasiliense de tecnologia movimenta a cada ano.

"Brasília vive um dilema: quando o governo contrata, o mercado fica aquecido. Mas, quando não contrata...", diz o consultor Raphael Mandarino, do Comitê Gestor de Internet e presidente da Sucesu-DF.

Entre as empresas de tecnologia fortes de Brasília está a TBA Informática, uma das maiores empresas da região. Comandada há oito anos por Cristina Boner, a companhia possui 420 funcionários e pretende chegar ao final do ano com 600 colaboradores. As áreas em alta? Desenvolvimento de sistemas para comércio eletrônico e infra-estrutura de Internet. Criamos duas subsidiárias para cuidar melhor desses negócios, diz Cristina.

O sucesso da TBA, que no ano passado alcançou um faturamento de 118 milhões de dólares, começa na captação de jovens recém-formados. A companhia mantém uma espécie de incubadora interna, que faz a peneira dos melhores talentos nas faculdades e investe em sua capacitação e treinamento.

O mercado deu um salto quando chegaram grandes fabricantes, como ISS, Sterling Software, Computer Associates, Lotus e Rational, diz Mandarino. A CA instalou uma filial em Brasília em 1995 e no ano passado investiu na sua ampliação.

Nossos maiores clientes estão aqui, afirma Sergio Kirslys, vice-presidente da CA. Para este ano, a companhia pretende dobrar o número de funcionários em Brasília. O foco? Empresas do governo. Trata-se de um mercado estratégico, diz Kirslys.