Nada de Facebook no trabalho! Empresas brasileiras bloqueiam e monitoram acesso à rede
Tudo Celular - 17/05/2016 - [gif]
Assunto: TIC Empresas 2015
As empresas brasileiras já não podem evitar que seus funcionários acessem a internet, já que hoje em dia muito do trabalho na maior parte das áreas é realizado online. No entanto, são muitas as empresas que impõem algum tipo de bloqueio a alguns websites, especialmente às redes sociais, jogos e, claro, sites pornográficos.
De acordo com um estudo realizado e publicado pelo Cetic.br, braço responsável por pesquisas do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, quanto maior a empresa, maior também a possibilidade do bloqueio a algum tipo de conteúdo na internet, ou de monitorar o tráfego dos funcionários na rede, seja observando os sites acessados ou os dados transferidos.
No geral, 35% das empresas nacionais monitora o tráfego de dados, enquanto 43% fica de olho nos sites visitados pelos colaboradores. Na realidade, apenas 11% das empresas permitem o livre acesso dos funcionários ao computador e à internet. Das pequenas companhias, com 10 a 49 pessoas ocupadas, 12% não impõe nenhum limite, prática realizada também pelas de 50 a 249 funcionários. Já entre as companhias com mais de 250 profissionais, apenas 2% oferece liberdade total.
Entre os tipos de sites bloqueados, os pornográficos são maioria: 73% das empresas bloqueia o conteúdo adulto, sendo 71% entre as pequenas, 81% entre as médias e 91% entre as grandes. Jogos (65%), redes sociais (52%), download de arquivos (49%), portais de entretenimento, notícias ou esportes (43%), e-mail pessoal (37%) e serviços de comunicação (36%) são outros conteúdos bloqueados pelas companhias.
Quanto ao monitoramento, 38% das empresas com até 49 funcionários fica de olho no que eles fazem na internet, percentual que sobe para 58% naquelas com 50 a 249 empregados e para 73% das com mais de 250 colaboradores.
O estudo apontou também que o número de empresas que possui conta própria em redes sociais tem aumentado a cada ano, e hoje passa um pouco da metade, com 51%, número que chegava apenas a 36% em 2012. Enquanto isso, a fatia de companhias com site oficial estacionou nos 57%. O gerente do Citic.br, Alexandre Barbosa, explicou que isto se deve por conta da maior facilidade oferecida pelas redes sociais para criar e gerenciar os perfis oficiais.
As redes sociais podem representar um obstáculo menor para as pequenas empresas, se comparada aos websites e outras ferramentas de comunicação on-line. Em 2014, por exemplo, 11% delas tinham perfil em rede social e não tinham e-mail, enquanto em 2015, essa proporção foi de 18%.
Curiosamente, no entanto, muitas empresas que possuem perfil nas redes sociais também impedem que seus funcionários as acessem durante o expediente. Este número chega a 81% nas grandes companhias, enquanto 62% das de médio porte aplicam este procedimento, e apenas 48% bloqueia Facebook e afins para os funcionários.