Inteligência artificial: uma assistente para as cooperativas
Jornal Notícias do Dia - 30/8/22 - [gif]
Autor: Pâmela Schreiner
Assunto: TIC Domicílios
Um recurso proporcionado pela Inteligência Artificial é o chatbot, já muito utilizado pelas cooperativas de crédito em sites e aplicativos. A tecnologia tira dúvidas simples dos cooperados de maneira
Com a Inteligência Artificial, as máquinas podem realizar tarefas cada vez mais complexas, analisando quantidades gigantescas de dados, criando algoritmos que geram as melhores recomendações para os clientes e fornecendo relatórios e insights que automatizam os processos nas cooperativas e até ajudam a cortar custos.
Um recurso proporcionado pela Inteligência Artificial é o chatbot, já muito utilizado pelas cooperativas de crédito em sites e aplicativos. A tecnologia tira dúvidas simples dos cooperados de maneira muito eficiente, delegando para os funcionários humanos os problemas mais complexos.
Além disso, alivia a demanda nas centrais de atendimento e oferece um canal que funciona 24 horas por dia. Pensando num contato mais próximo com os clientes, as assistentes virtuais carregam características “humanas”: têm até nome e rosto, uma tendência de marketing que as cooperativas devem ficar de olho.
Os usos da Inteligência Artificial nas cooperativas de crédito vão além das assistentes virtuais. De acordo com a OCB, neste momento há instituições aplicando a tecnologia em análise de risco, prevenção contra fraudes, modelagem de crédito e ampliação da ciber segurança.
Conheça a LIA
A Cooperaliança, cooperativa de distribuição de energia elétrica de Içara, no sulcatarinense, lançou neste ano a assistente virtual LIA.
Ela atende os consumidores por meio do WhatsApp com segurança e agilidade e fica disponível 24 horas por dia.
LIA ajuda na consulta de débitos, emite códigos de barras para pagamentos e até registra chamados de falta de energia
Dados em Blocos
O Blockchain chegou para descentralizar os dados no ambiente digital, espalhando informações em diversos servidores, para evitar fraudes e reduzir falhas.
A tecnologia foi criada para viabilizar as criptomoedas, mas deve revolucionar vários setores, já que fornece mais segurança e torna mais difícil o apagamento e a transformação de dados.
Como a rede é pública, qualquer pessoa pode auditar o material, aumentando a transparência das transações. Blockchain na indústria do cacau Cooperativas de produtores de cacau da Bahia lançaram o primeiro sistema de rastreabilidade com tecnologia Blockchain do país.
A ideia é garantir maior transparência ao consumidor, que terá informações específicas sobre a origem do alimento, desde o campo até a barra de chocolate e outros derivados.
As cooperativas já nasceram preocupadas
Empresas do mundo inteiro precisam estar atentas à princípios que serão cada vez mais importantes: a responsabilidade ambiental, social e de governança, também conhecidos como ESG.
O termo criado em 2004 diz respeito às práticas corporativas preocupadas com o meio ambiente, promoção da diversidade no local de trabalho, legislação trabalhista, proteção e privacidade de dados, efetividade da ouvidoria, transparência e um bom relacionamento com os entes públicos.
“A economia sustentável não é mais opção, é obrigação de qualquer um, porque nós trabalhamos com recursos finitos, sob penado próprio consumidor ser muito crítico em relação à cooperativa”, destaca o superintendente da OCESC.
Ele lembra que os preceitos do ESG já estão dentro do regulamento das cooperativas desde a sua fundação, diferente das instituições que visam apenas o lucro, mas precisam ser colocados em prática para mostrar aos cooperados a preocupação com o futuro do planeta.
O desafio, para as cooperativas, é mostrar a aplicação do conceito por meio de métricas mensuráveis. Um bom começo para pensar em ações concretas é prestar atenção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
São 17 no total, incluindo a erradicação da pobreza e da fome, garantia de emprego digno e crescimento econômico, cidades e comunidades sustentáveis, combate às alterações climáticas, educação de qualidade, igualdade de gênero e consumo e produção responsáveis.
Reduzindo a aplicação de defensivos agrícolas
A cooperativa gaúcha de vinhos Aurora implantou um sistema que monitora as condições climáticas e aponta quando há probabilidade de desenvolvimento de um fungo que ataca as plantações.
Desta forma, os defensivos agrícolas são aplicados apenas quando necessário, tornando o uso mais seguro e menos frequente. O resultado são frutas mais saudáveis e até redução de custos na compra de produtos.
Conexões instantâneas: a chegada do 5G
A quinta geração de Internet acaba de chegar ao Brasil. O sinal já está liberado em Brasília e até o fim de setembro será aberto em outras capitais, incluindo Florianópolis.
O 5G vai acelerar a transformação digital, permitindo conexões cada vez mais rápidas e estáveis e causando uma revolução em vários setores, incluindo o cooperativismo.
As mudanças, no entanto, devem ocorrer de forma lenta, pois a tecnologia está em fase inicial. As cooperativas agro estarão no centro desta revolução. Com o 5G, o agronegócio será ainda mais autônomo e automatizado, com aumento do uso de máquinas, tornando o campo um ambiente mais produtivo e evitando desperdícios.
O avanço da tecnologia, contudo, pode esbarrar em uma dificuldade: o alto investimento financeiro que o 5G exige.
“Imagino que o 5G vai demorar entre 10 a 20 anos para se massificar, mas é um recurso muito caro. O produtor precisa ter renda para investir em tecnologia, se não o processo será ainda mais lento”, lembra Pinho.
Outro desafio é expandir o acesso à Internet na área rural, pois 27% desta população ainda não tem conexão, segundo pesquisa do Cetic.br.
O 5G também vai causar impactos na medicina. Segundo a OCB, para além de aprimorar o uso de robôs em cirurgias, a nova geração de Internet permitirá que dispositivos como relógios inteligentes coletem informações ainda mais precisas sobre o estado de saúde do paciente, para facilitar o diagnóstico.
Outra novidade poderá ser o transporte veloz de materiais médicos para procedimentos de emergência usando drones. A implantação da tecnologia deve afetar ainda os ramos de crédito e transporte, segundo Motta.
“Nas cooperativas de crédito, o avanço da digitalização de serviços vai reduzir custos e melhorar a oferta de produtos e serviços aos cooperados. No transporte, as instituições terão uma análise preditiva de pedidos, rotas e tempo ainda mais preciso de entrega, além da melhoria na rastreabilidade da frota”, exemplifica.
O mundo todo conectado
Segundo um estudo da empresa de consultoria Gartner, até 2026 pelo menos 25% da população mundial vai passar ao menos uma hora interagindo no chamado Metaverso.
Ao mesmo tempo, 30% das empresas devem ter produtos e serviços prontos para comercializar no ambiente digital. Corporações como a Nike e o McDonald’s já entraram neste mundo: a primeira criou uma cidade inteira dentro de um jogo, disponibilizando itens da marca; a segunda anunciou que vai criar restaurantes virtuais, vendendo produtos atrelados ao físico, como o delivery.
Como afirmou o estudo, as possibilidades do Metaverso são sem precedentes. A tecnologia vai permitir que pessoas do mundo todo, utilizando avatares, interajam entre si e com outros objetos.
Embora o recurso ainda seja embrionário e envolva custos altos em processamento e velocidade de Internet, levando em consideração a visão de longo prazo, as cooperativas já devem imaginar possíveis ideias, soluções, produtos e serviços para esse conjunto de universos, como fala Motta.
“Marketing, vendas, mostruário, experiências, trabalhos e reuniões, incluindo assembleias, poderão ter ações dentro do Metaverso”, sugere.
Além das propostas da gerente geral da OCB, o Metaverso pode possibilitar a venda de produtos e serviços para os próprios avatares, compras em realidade aumentada (cooperativas podem, por exemplo, criar um showroom virtual, reduzindo custos com uma estrutura física), recrutar novos funcionários com entrevistas virtuais e até disponibilizar ambientes de trabalho mais imersivos, visto que que a tendência do home office veio para ficar.
Com a Inteligência Artificial, as máquinas podem realizar tarefas cada vez mais complexas, analisando quantidades gigantescas de dados, criando algoritmos que geram as melhores recomendações para os clientes e fornecendo relatórios e insights que automatizam os processos nas cooperativas e até ajudam a cortar custos.
Um recurso proporcionado pela Inteligência Artificial é o chatbot, já muito utilizado pelas cooperativas de crédito em sites e aplicativos. A tecnologia tira dúvidas simples dos cooperados de maneira muito eficiente, delegando para os funcionários humanos os problemas mais complexos.
Além disso, alivia a demanda nas centrais de atendimento e oferece um canal que funciona 24 horas por dia. Pensando num contato mais próximo com os clientes, as assistentes virtuais carregam características “humanas”: têm até nome e rosto, uma tendência de marketing que as cooperativas devem ficar de olho.
Os usos da Inteligência Artificial nas cooperativas de crédito vão além das assistentes virtuais. De acordo com a OCB, neste momento há instituições aplicando a tecnologia em análise de risco, prevenção contra fraudes, modelagem de crédito e ampliação da ciber segurança.
Conheça a LIA
A Cooperaliança, cooperativa de distribuição de energia elétrica de Içara, no sulcatarinense, lançou neste ano a assistente virtual LIA.
Ela atende os consumidores por meio do WhatsApp com segurança e agilidade e fica disponível 24 horas por dia.
LIA ajuda na consulta de débitos, emite códigos de barras para pagamentos e até registra chamados de falta de energia
Dados em Blocos
O Blockchain chegou para descentralizar os dados no ambiente digital, espalhando informações em diversos servidores, para evitar fraudes e reduzir falhas.
A tecnologia foi criada para viabilizar as criptomoedas, mas deve revolucionar vários setores, já que fornece mais segurança e torna mais difícil o apagamento e a transformação de dados.
Como a rede é pública, qualquer pessoa pode auditar o material, aumentando a transparência das transações. Blockchain na indústria do cacau Cooperativas de produtores de cacau da Bahia lançaram o primeiro sistema de rastreabilidade com tecnologia Blockchain do país.
A ideia é garantir maior transparência ao consumidor, que terá informações específicas sobre a origem do alimento, desde o campo até a barra de chocolate e outros derivados.
As cooperativas já nasceram preocupadas
Empresas do mundo inteiro precisam estar atentas à princípios que serão cada vez mais importantes: a responsabilidade ambiental, social e de governança, também conhecidos como ESG.
O termo criado em 2004 diz respeito às práticas corporativas preocupadas com o meio ambiente, promoção da diversidade no local de trabalho, legislação trabalhista, proteção e privacidade de dados, efetividade da ouvidoria, transparência e um bom relacionamento com os entes públicos.
“A economia sustentável não é mais opção, é obrigação de qualquer um, porque nós trabalhamos com recursos finitos, sob penado próprio consumidor ser muito crítico em relação à cooperativa”, destaca o superintendente da OCESC.
Ele lembra que os preceitos do ESG já estão dentro do regulamento das cooperativas desde a sua fundação, diferente das instituições que visam apenas o lucro, mas precisam ser colocados em prática para mostrar aos cooperados a preocupação com o futuro do planeta.
O desafio, para as cooperativas, é mostrar a aplicação do conceito por meio de métricas mensuráveis. Um bom começo para pensar em ações concretas é prestar atenção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
São 17 no total, incluindo a erradicação da pobreza e da fome, garantia de emprego digno e crescimento econômico, cidades e comunidades sustentáveis, combate às alterações climáticas, educação de qualidade, igualdade de gênero e consumo e produção responsáveis.
Reduzindo a aplicação de defensivos agrícolas
A cooperativa gaúcha de vinhos Aurora implantou um sistema que monitora as condições climáticas e aponta quando há probabilidade de desenvolvimento de um fungo que ataca as plantações.
Desta forma, os defensivos agrícolas são aplicados apenas quando necessário, tornando o uso mais seguro e menos frequente. O resultado são frutas mais saudáveis e até redução de custos na compra de produtos.
Conexões instantâneas: a chegada do 5G
A quinta geração de Internet acaba de chegar ao Brasil. O sinal já está liberado em Brasília e até o fim de setembro será aberto em outras capitais, incluindo Florianópolis.
O 5G vai acelerar a transformação digital, permitindo conexões cada vez mais rápidas e estáveis e causando uma revolução em vários setores, incluindo o cooperativismo.
As mudanças, no entanto, devem ocorrer de forma lenta, pois a tecnologia está em fase inicial. As cooperativas agro estarão no centro desta revolução. Com o 5G, o agronegócio será ainda mais autônomo e automatizado, com aumento do uso de máquinas, tornando o campo um ambiente mais produtivo e evitando desperdícios.
O avanço da tecnologia, contudo, pode esbarrar em uma dificuldade: o alto investimento financeiro que o 5G exige.
“Imagino que o 5G vai demorar entre 10 a 20 anos para se massificar, mas é um recurso muito caro. O produtor precisa ter renda para investir em tecnologia, se não o processo será ainda mais lento”, lembra Pinho.
Outro desafio é expandir o acesso à Internet na área rural, pois 27% desta população ainda não tem conexão, segundo pesquisa do Cetic.br.
O 5G também vai causar impactos na medicina. Segundo a OCB, para além de aprimorar o uso de robôs em cirurgias, a nova geração de Internet permitirá que dispositivos como relógios inteligentes coletem informações ainda mais precisas sobre o estado de saúde do paciente, para facilitar o diagnóstico.
Outra novidade poderá ser o transporte veloz de materiais médicos para procedimentos de emergência usando drones. A implantação da tecnologia deve afetar ainda os ramos de crédito e transporte, segundo Motta.
“Nas cooperativas de crédito, o avanço da digitalização de serviços vai reduzir custos e melhorar a oferta de produtos e serviços aos cooperados. No transporte, as instituições terão uma análise preditiva de pedidos, rotas e tempo ainda mais preciso de entrega, além da melhoria na rastreabilidade da frota”, exemplifica.
O mundo todo conectado
Segundo um estudo da empresa de consultoria Gartner, até 2026 pelo menos 25% da população mundial vai passar ao menos uma hora interagindo no chamado Metaverso.
Ao mesmo tempo, 30% das empresas devem ter produtos e serviços prontos para comercializar no ambiente digital. Corporações como a Nike e o McDonald’s já entraram neste mundo: a primeira criou uma cidade inteira dentro de um jogo, disponibilizando itens da marca; a segunda anunciou que vai criar restaurantes virtuais, vendendo produtos atrelados ao físico, como o delivery.
Como afirmou o estudo, as possibilidades do Metaverso são sem precedentes. A tecnologia vai permitir que pessoas do mundo todo, utilizando avatares, interajam entre si e com outros objetos.
Embora o recurso ainda seja embrionário e envolva custos altos em processamento e velocidade de Internet, levando em consideração a visão de longo prazo, as cooperativas já devem imaginar possíveis ideias, soluções, produtos e serviços para esse conjunto de universos, como fala Motta.
“Marketing, vendas, mostruário, experiências, trabalhos e reuniões, incluindo assembleias, poderão ter ações dentro do Metaverso”, sugere.
Além das propostas da gerente geral da OCB, o Metaverso pode possibilitar a venda de produtos e serviços para os próprios avatares, compras em realidade aumentada (cooperativas podem, por exemplo, criar um showroom virtual, reduzindo custos com uma estrutura física), recrutar novos funcionários com entrevistas virtuais e até disponibilizar ambientes de trabalho mais imersivos, visto que que a tendência do home office veio para ficar.