ICANN revê condições para a criação do domínio .xxx e apresenta nova proposta
Veículo: Tek Sapo
Data: 09/01/2007
Assunto: ICANN Meeting
Todo o processo esteve envolto em forte discussão mas a recta final do processo de aprovação, já em meados deste ano, e a posição contra manifestada pelo Governo americano e por diversos grupos conservadores fizeram concluir que tinham sido razões politicas a ditar o fim do .xxx, antes mesmo deste existir.
O organismo responsável pela gestão da Internet negou a influência política da decisão e garantiu que as suas preocupações com a criação de um domínio destinado à pornografia passavam sobretudo pela capacidade de fiscalização da sua estrutura.
As novidades no processo resultam da reacção da empresa responsável pela exploração do domínio, a ICM Registry, que propôs a ICANN um conjunto de medidas que vão de encontro às preocupações manifestadas e que visam garantir um eficaz controlo dos sites registados em .xxx.
O ICM Registry, em parceria com a ICANN, assume-se como fiscalizador dos sites registados neste domínio e garante a monitorização das suas actividades evitando o envio de spam e spyware para os utilizadores, um dos receios da ICANN. Os sites em questão terão ainda de usar um sistema de tagging que faz a verificação dos seus conteúdos e que permitirá classificá-los numa espécie de ranking.
É também da responsabilidade da entidade que fará a gestão dos registos de domínio verificar que os conteúdos veiculados pelas empresas registadas não promovem a pornografia infantil ou outras práticas que apelem à pedofilia, tarefa que também vai desempenhar em colaboração com a ICANN.
No âmbito do novo acordo de compromisso com o ICM Registry a ICANN volta a colocar em consulta pública a proposta de criação do domínio .xxx. Os interessados terão até ao próximo dia 5 de Fevereiro para manifestar opinião.
A intenção de criar um domínio apenas dirigido à pornografia surgiu em 2001 mas acabou por ser aprovada pela ICANN apenas em Junho de 2005 e ficar quase um ano à espera de uma aprovação final que deveria ter tido lugar em Dezembro do mesmo ano, mas se arrastou até Maio de 2006, altura em que foi suspenso o processo.