Fórum debate em Belém o cenário atual e o futuro da internet no país
Agência Pará de Notícias - 03/09/2013 - [ gif ]
Assunto: Fórum da Internet
Realizado pela primeira vez no norte do Brasil, o III Fórum da Internet no Brasil e Pré-IGF Brasileiro foi aberto na manhã desta terça-feira (3), no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia. O evento, que prossegue até quinta-feira (5), conta com 1.250 participantes de todo o Brasil, reunidos na capital paraense para debater o momento atual e o futuro da internet.
Leila Daher, diretora de Projetos Especiais da Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), destacou que a empresa vem, por meio de política pública implementada pelo Programa Navegapará, impulsionando a inclusão digital em todas as regiões paraenses. “Nosso Estado tem dimensões continentais e uma população dispersa em núcleos, o que dificulta nosso trabalho. Estamos, hoje, em 62 municípios, atendendo em especial os órgãos públicos, proporcionando conectividade, para que possam atender a população local”, declarou na solenidade de abertura.
Por força do convênio entre Prodepa e Eletronorte, o Navegapará não tem fins comerciais, por isso não pode atender diretamente a população, o que leva a Prodepa a buscar parceiros para essa finalidade. Entre as parcerias está com a Telebras, para aplicação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que deve beneficiar a população paraense. O Navegapará cedeu toda sua infraestrutura montada no interior, para viabilizar a implantação dos serviços da Telebras.
Hoje, a meta da Prodepa é levar o programa Navegapará às regiões sul e sudeste do Pará e ao Arquipélago do Marajó. “Queremos atender essa região partindo de Marabá, até chegar a Redenção. E também chegar à região de Cametá e Breves, atendendo grande parte dessa região de baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)”, acrescentou Leila Daher.
Virgílio Almeida, secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e coordenador do CGI.br, destacou o papel da internet brasileira, frisando que o país é um dos principais mercados consumidores de equipamentos de TI (Tecnologia da Informação), bem como de mídias sociais.
Cidadania - Para ele, é importante que a rede no Brasil seja vista como uma instituição para formação da cidadania, da democracia e do desenvolvimento econômico e social. Virgílio Almeida lembrou ainda que, se por um lado a internet é protagonista como espaço de articulação das recentes manifestações populares no país, por outro tem sido destaque em decorrência da invasão da privacidade de integrantes do governo, incluindo até a presidente Dilma Rousseff. “É importante a participação de todos, pois o trabalho no Fórum deve ter como foco contribuir significativamente para uma internet melhor, mais aberta, democrática, inclusiva, participativa, segura e inovadora”, ressaltou.
Como aconteceu nas edições anteriores, o Fórum se divide em cinco trilhas temáticas: Universalidade, Acessibilidade e Diversidade; Inovação Tecnológica e Modelos de Negócios na Internet; Cultura, Educação e Direitos Autorais na Internet; Privacidade, Inimputabilidade da Rede e Liberdade de Expressão; Neutralidade de Rede. O evento promove ainda o Seminário WSIS+10, em comemoração aos 10 anos da Primeira Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, para discutir as principais questões sobre o tema na última década.
Também participaram da solenidade de abertura o professor Hartmut Glaser, secretário executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil, e os conselheiros do CGI.br, Percival Henriques de Souza, representando o Terceiro Setor; Flávio Rech Wagner, a Academia, e Eduardo Parejo, do setor empresarial.
O III Fórum da Internet no Brasil tem o apoio da Prodepa, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). As principais atividades da programação estão sendo transmitidas via streaming no endereço http://www.forumdainternet.cgi.br/programacao.html.