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23 MAR 2006

Fórum debate crescimento dos negócios eletrônicos






Arquivo do Clipping 2006

Veículo: Fórum SEPRORJ
Data: 23/03/2006
Assunto: Indicadores

Apesar das barreiras que ainda impedem a disseminação do uso da Internet no Brasil, os meios eletrônicos já se consolidam como uma efetiva opção de compra e venda de produtos e serviços nas diversas regiões do país. É o que revelam os estudos apresentados durante o I Fórum de Negócios Eletrônicos.

O evento foi realizado pelo Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (SEPRORJ), na segunda-feira, para dar início a uma série de discussões e análises sobre o impacto da adoção de Tecnologias de Informação e Comunicação nos negócios, com base nos indicadores apresentados e nos casos de sucesso colecionados por vários segmentos da economia.

"A idéia é ampliar a discussão, no Rio de Janeiro, dos temas ligados à tecnologia", afirmou o presidente do SEPRORJ, Benito Paret, na abertura do fórum, que contou ainda com a participação do Assessor da Diretoria de Pesquisa do IBGE, Roberto Sant'Anna; do Secretário de Logística e Tecnologia de Informação, do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna (que também é do CGI Brasil); do Diretor do Seprorj e membro do CGI, Henrique Faulhabere; e da Diretora Executiva do Ibope, Fábia Juliasz. IBGE: módulo para aferir o acesso à tecnologia

As transações eletrônicas ainda não chegam a 3% do comércio varejista no Brasil, mas sinalizam um demanda crescente. Esta constatação levou o IBGE a pesquisar o uso das tecnologias de informação e comunicação nas empresas e a introduzir um módulo específico na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), no ano passado. A primeira divulgação está prevista para setembro deste ano.

Os dados da PNAD de 2005 revelam que ainda há um longo caminho a ser trilhado para que o Brasil entre de vez na era virtual. Enquanto 90% dos domicílios pesquisados (130 mil) contam com aparelhos de televisão, apenas 16% deles são equipados com microcomputadores.

O acesso à tecnologia está diretamente relacionado à renda. Entre aqueles que ganham até dez salários mínimos, apenas 9,3% têm computador e 5,9%, acesso à Internet. Nos domicílios em que a renda é superior a 20 salários, esse percentual sobe, respectivamente, para 79% e 72%. "Na área rural, o acesso à Internet ainda é irrisório e o meio de comunicação mais forte é o rádio", afirmou Sant'Anna. As análises do Ibope e os contrastes brasileiros

Os dados revelam um país de contrastes também na área tecnológica. Longe de alcançar a tão sonhada inclusão digital, o Brasil é, desde junho passado, líder mundial do uso proporcional de sites oficiais, com 42,8% dos usuários residenciais. Para se ter uma idéia, os Estados Unidos estão em quarto lugar, com 37,6%. O Brasil é líder também no tempo de navegação por pessoa: 27 horas por mês.

Os números são do Ibope, que analisa as tendências em mídias digitais diariamente, monitorando o comportamento de 5 mil internautas em todo o país, por meio de um software instalado nos microcomputadores - a pessoa se identifica quando liga o computador e seu tráfego passa a ser acompanhado pelo sistema.

Este trabalho revelou mudanças significativas em 2005. Já a partir de janeiro, o índice de usuários de banda larga superou pela primeira vez no Brasil os de linha discada, chegando a 63% do total e aumentando o tempo de navegação. O setor mais beneficiado foi o de Viagens e Turismo, com um crescimento de 93% na audiência. O comércio eletrônico cresceu 18% em dezembro, comparado ao mesmo mês de 2004. "Esses dados mostram que a Internet é um instrumento efetivo para melhorar o dia-a-dia das pessoas", disse Fábia Juliasz.