Equipe atual do Comitê Gestor se prepara para entregar o bastão
Arquivo do Clipping 1999
Veículo: O Globo
Data: 23/08/1999
Assunto: Sucessão do CG
Nas últimas duas reuniões do grupo, realizadas semana passada em São Paulo, foi aprovado o documento de "Recomendações para Desenvolvimento e Operação da Internet/BR". A íntegra está no site do comitê, em <www.cgi.br>.
Exposto à consulta pública por dez dias, o documento indica, por exemplo, que os provedores devem armazenar os acessos feitos aos servidores deles por três anos, facilitando investigações sobre ataques.
O secretário executivo do comitê, Raphael Mandarino Jr., representante dos usuários no grupo, diz que, como o próprio nome indica, a recomendação não é obrigatória. Mas ele acha que os usuários deveriam cobrar dos provedores o cumprimento dela:
- Entre os itens do documento, há a sugestão de que o provedor dê um manual aos usuários ensinando como evitar que crianças acessem sites de pornografia. Isto é um diferencial de serviço.
Nessas duas últimas reuniões, também ficou decidido que o CNPq vai incluir mais duas cidades no consórcio da Internet 2, dando R$ 50 mil para cada. O grupo também sugeriu que os novos integrantes do comitê encomendem um estudo sobre os conflitos de marcas e nomes de domínios. Mandarino diz que ainda não há clareza sobre este assunto em nenhuma parte do mundo: - O Internet Assigned Numbers Authority (Iana), responsável pelo sistema geral de registro de domínios, fala em câmaras arbitrais. Nos EUA, há uma tendência da supremacia das marcas sobre domínios. Isto é péssimo porque os americanos detêm o maior número de patentes do planeta - argumenta Mandarino.
A maioria dos atuais integrantes acha que o comitê deve ter mais representantes dos usuários, manter sua vocação política e contar com membros do Governo mais qualificados. Na última reunião, só o representante do Ministério das Comunicações, Airton Aragão, da Agência Nacional de Telecomunicações, defendeu a presença exclusiva de técnicos no grupo.