Empresas apostam em pontos de troca de tráfego
IP News - 12/11/2010 - [ gif ]
Assunto: PTTMetro
A partir do PTTMetro, projeto do CGI.br empresas podem trocar informações a partir de PIXes, que são os pontos de interconexão para provedores de acesso.
Mais uma empresa se tornou PIX do PTTMetro (Ponto de Troca de Tráfego), projeto do Comitê Gestor da Internet (CGI.br), que promove a infra-estrutura necessária para a interconexão direta entre as redes que compõem a internet brasileira. A Hostlocation, agora, funciona como ponto de interconexão para provedores de acesso, como a Telefônica, Vivo, GVT, Brasil Telecom e CTBC.
Segundo a empresa, um de seus principais diferenciais competitivos será a oferta de links com preços que podem chegar a metade dos valores praticados pela concorrência, o que será possível graças a sua infraestrutura de fibra ótica e data center próprios, além de acordos com outras operadoras.
O objetivo é atender a grande demanda de pequenos e médios provedores que estão investindo maciçamente no aumento de suas estruturas por conta dos incentivos do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o que já impactou 40 % na procura por links internet na Hostlocation nos últmos 5 meses.
“Atualmente um provedor de internet no nordeste, por exemplo, compra link de grandes operadoras por preços que ultrapassam a R$500,00 por megabyte. Utilizando um transporte em fibra ótica até o nosso PIX, em São Paulo, essa empresa pode obter uma severa redução de custos e aumento de qualidade de conexão graças ao PTTMetro”, explica Marcelo Safatle, diretor executivo da Hostlocation.
Outro diferencial que a empresa apresenta é a ativação imediata do link, com permissão para qualquer operadora se conectar fisicamente a estrutura, dispensando longos processos burocráticos.
Além disso, a Hostlocation não vai cobrar pelo uso do "cross connection” ou “golden jumper”, um cabo de rede que conecta a fibra do cliente ao equipamento do PTTMetro, conexão pela qual chega a se cobrar cerca de R$ 2 mil por mês.
PIX e PTTMetro
Um PTTMetro é uma interligação em área metropolitana de pontos de interconexão de redes (PIXes), comerciais e acadêmicos, sob uma gerência centralizada. A atuação do projeto volta-se às regiões metropolitanas do País que apresentam grande interesse de troca de tráfego de internet.
Para uma entidade se tornar um PIX é necessário que ela possua rede de fibra ótica, possibilitando tráfego de grandes volumes de dados entre seu data center e o PIX Central; e data center próprio para assegurar a operação dos equipamentos necessários. Uma estrutura que consiste em grandes somas de investimento e alta complexidade técnica, o que até então era possível somente para operadoras de grande porte.