eGov cresce, mas brasileiros classificam os serviços como 'complicados'

Entre os usuários da internet com 16 anos ou mais, cresceu 9 pontos percentuais – de 50% para 59% - a proporção de quem utiliza serviços de governo eletrônico. É o que diz a nova pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Cetic.br entre novembro de 2015 e junho de 2016, e divulgada nesta terça, 13/9.

Desses, 28% buscaram serviços relacionados à educação, como a realização de matrículas; 26% sobre impostos e taxas, como IR, IPVA e IPTU; 23% sobre documentos, como RG, CPF ou passaporte; 20% sobre direitos do trabalhador, como INSS, FGTS, seguro-desemprego; 15% sobre saúde, como agendamento de consultas; 9% sobre transporte, 8% sobre segurança (polícia). 

Segundo a pesquisa, os usuários que mais buscaram informações ou utilizaram serviços de governo pela internet são aqueles com maior escolaridade (81% dos que tem Ensino Superior e 61% dos com Ensino Médio) e renda (86% dos usuários com renda maior que 10 salários mínimos e 77% dos usuários com salário entre 5 e 10 salários mínimos).

Muita gente, porém, ainda não usa e-gov. Nem quer. Entre os que não utilizaram serviços de governo eletrônico, 57% disseram preferir fazer contato pessoalmente, enquanto 42% responderam ser complicado e 41% alegaram preocupações com a segurança dos dados. Em 23% das respostas ‘os serviços eram difíceis de encontrar’ em 22% ‘dificilmente recebeu retorno’.