E-mails de spam são um 'calo' para os internautas
Arquivo do Clipping 2006
Veículo: Jornal da Paraiba
Data: 10/12/2006
Assunto: Segurança
De acordo com especialistas em informática, os e-mails de spam podem ser comparados aos folhetos de propaganda distribuídos nas ruas ou aos serviços de telemarketing. A principal diferença, no entanto, é que o custo do spam é pago por quem o recebe. Ao contrário dos folhetos e do telemarketing, onde quem “paga a conta” são as empresas responsáveis pelo serviço, os e-mails de spam “obrigam” o usuário a gastar mais tempo na internet, separando o “lixo eletrônico” das mensagens que importam.
Segundo o analista de sistemas Gennyson Lima, em empresas de médio e grande porte, já é necessária a contratação de funcionários especialmente para cuidar do spam. “Existem profissionais (engenheiros de segurança) trabalhando 24 horas por dia, sete dias na semana, para fazer controle de vírus e spam. Os e-mails que chegam para o servidor próprio da empresa são filtrados antes de chegarem às caixas de mensagem dos funcionários”, revelou o analista de sistemas.
A pior parte é que o spam pode funcionar como um meio de propagação de vírus. O analista de sistemas alerta que praticamente todas as terminologias de arquivos (a exemplo de “.exe”; “.jpeg” e “.doc”) podem conter vírus. “Já existe um tipo de vírus mutante. Ele entra na máquina e examina quais os tipos de arquivos que o usuário recebe com mais freqüência e se modifica para aquele formato”, alertou Gennyson. Ele afirma que não existe uma fórmula para acabar completamente com o spam. No entanto, nas redes internas e externas de empresas, o controle realizado consegue ser bastante eficaz. O usuário comum pode adotar algumas medidas para não ter de arcar com as conseqüências que essa “brincadeira de mau gosto” pode produzir. A primeira dica é atualizar o programa de antivírus sempre que ligar o computador.
- Provedores disponibilizam filtros
“Desta forma, a pessoa não mistura as mensagens de spam com as outras”, destaca. Outra atitude eficiente contra a propagação do spam é seguir a chamada “Netiqueta”. São regras simples, semelhantes às de boa educação para quem vive em sociedade, a exemplo do uso de “por favor” e “obrigado”. Não repassar boatos ou correntes também é fundamental para evitar lixo eletrônico. O spam nunca deve ser respondido para quem o enviou (spammer). A reclamação pode ser enviada para o endereço (abuse@dominio_spammer) ou (mail-abuse@cert.br).
O usuário também deve evitar se cadastrar em sites que prometem não divulgar seus dados para terceiros. Atualmente, existem instituições especializadas no combate ao spam, a exemplo da ORBS, MAPS, CAUCE, CAUBE, SpamCop, Abuse.net e Movimento Brasileiro de Combate ao Spam (http://www.antispam.br/). Para identificar um spam, é preciso ficar atento para as seguintes características: cabeçalhos suspeitos (incompletos, sem remetente ou destinatário); campo “assunto” (Subject) suspeito; opções para sair da lista de divulgação; correntes, boatos e lendas urbanas, além de golpes e fraudes. (JB)