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17 DEZ 2020

Dinheiro é finito, mas a possibilidade de criação de riqueza no mundo é infinita


InfoMoney - 15/12/2020 - [gif]


Autor: Silvia Alambert
Assunto: TIC Domicílios

Pesquisa mostra que há muito espaço para que o desenvolvimento e expansão tecnológica forneçam acesso àqueles que ainda encontram-se excluídos

Não há como falar sobre internet e como ela revolucionou a forma de nos comunicarmos, interagirmos, comprarmos, vendermos e como o fluxo de informação ao redor do mundo se tornou instantâneo, sem mencionarmos “o pai da internet”, Tim Berners-Lee.

O que havia sido concebido para uso militar lá pelos idos de 1960 e, posteriormente, científico, tornou-se uma ferramenta de uso pessoal graças à criação de Berners-Lee: a WWW.

O primeiro website do mundo foi feito no CERN (o maior laboratório de física de partículas no mundo) e foi colocado online em 6 de agosto de 1991. Mas até os sites tornarem-se populares ainda levou mais uns cinco anos.

Tim Berners-Lee é um físico britânico, cientista da computação e professor do MIT, que abriu mão da patente de sua criação, para que o mundo pudesse ter fácil acesso à rede, utilizando-a como recurso de desenvolvimento, colaboração e integração dos povos.

Resumindo, Tim Berners-Lee inventou a web e a deu de presente ao mundo.

Um estudo recente da União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência das Nações Unidas, apontou que mais da metade da população mundial está conectada à internet. São 3,9 bilhões de pessoas (o equivalente a 51% da população mundial) ligadas à rede.

No Brasil, quase 75% da população brasileira com 10 anos ou mais (134 milhões de usuários) já estão conectados à internet, usando a tecnologia no seu dia a dia, segundo aponta a pesquisa TIC Domicílios 2019, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

A pesquisa mostra que, pela primeira vez em sua série histórica, mais da metade da população vivendo em áreas rurais declarou ser usuária de internet chegando a 53%. No entanto, como esperado, essa proporção é inferior à verificada nas áreas urbanas (77%).

No recorte por classe socioeconômica, também houve avanço no percentual de usuários das classes D/E conectados: ele passou de 30% em 2015 para 57% em 2019.

No entanto, um contingente importante de indivíduos segue desconectado: 35 milhões de pessoas em áreas urbanas (23%) e 12 milhões em áreas rurais (47%). Entre a população da classe D/E, há quase 26 milhões (43%) de não-usuários.

Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, enfatiza que “com o isolamento social, medida de prevenção à Covid-19, milhões de brasileiros passaram a depender ainda mais da internet e das TIC de maneira geral para realizar atividades de trabalho remoto, ensino à distância e até mesmo para acessar o auxílio emergencial do governo, mas a falta de acesso à internet e o uso exclusivamente por celular, especialmente nas classes D/E, evidenciam as desigualdades digitais presentes no país e apresentam desafios relevantes à efetividade das políticas públicas de enfrentamento da pandemia.”

“A população infantil em idade escolar nas famílias vulneráveis e sem acesso à internet também é muito afetada neste período de isolamento social. A pandemia revela de forma clara as desigualdades no Brasil”, completa Barbosa.

A pesquisa é bem detalhada e extensa, mas, de maneira geral, nos mostra que ainda há muito espaço para que o desenvolvimento e expansão tecnológica forneçam acesso àqueles que ainda encontram-se excluídos e também um universo de infinitas possibilidades de criação de negócios de segmentos diversos, através de parcerias realizadas com qualquer pessoa em qualquer lugar do planeta.

Segue a máxima de que dinheiro é finito, mas a possibilidade de criação de riqueza no mundo é infinita.

Sucesso.