Cresce número de bebês de 0 a 2 anos que são ‘donos’ do próprio celular
Itatiaia - 12/2/25 - [gif]
Autor: Ana Luisa Sales
Assunto: Dados do Cetic.br, crianças, TIC
Pesquisa indica que o número de crianças com celular cresceu após a pandemia da Covid-19 e, desde então, tem se mantido em um patamar mais alto
O Dia da Internet Segura é celebrado nesta terça-feira (11), e como parte das ações sobre o tema foram divulgados os dados inéditos sobre o uso de tecnologias digitais por crianças brasileiras de até oito anos. Conforme o levantamento, uso de celular pelos pequenos cresceu consideravelmente e foi intensificado após a pandemia da Covid-19.
Os indicadores foram produzidos pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), departamento do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Segundo a pesquisa realizada a partir das bases de dados das pesquisas TIC Domicílios e TIC Kids Online Brasil referente ao período de 2015 a 2024, a proporção de usuários de Internet saltou de 9% para 44% na faixa etária de 0 a 2 anos; de 26% para 71% na de 3 a 5 anos e de 41% para 82% na de 6 a 8 anos, na comparação entre 2015 e 2024.
Desde que foi iniciada a coleta de dados sobre o assunto, em 2015, os números eram estáveis até 2019. Contudo, passaram a crescer em 2021, quando o Brasil e o mundo ainda estava em isolamento social, e, voltaram a ficar estáveis em um patamar mais elevado até 2024. Ainda conforme o levantamento, muito mais crianças tem posse de celular atualmente, do que comparado aos períodos anteriores a pandemia da Covid-19.
No quesito posse de celular, as maiores variações aconteceram nas faixas de 3 a 5 anos, com aumento de 7 pontos percentuais (passou de 12% em 2019 para 19% em 2021), e na de 6 a 8 anos, com elevação de 11 pontos percentuais (de 22% em 2019 para 33% em 2021). Considerando a série histórica, a proporção de crianças que possuíam celular próprio subiu entre 2015 e 2024 de 3% para 5% na faixa de 0 a 2 anos; de 6% para 20% na de 3 a 5 anos e de 18% para 36% na de 6 a 8 anos.
Apesar do aumento percentual de crianças com idade de 0 a 2 anos, Winston Oyadomari, pesquisador do Cetic.br, aponta que esse aspecto não é uma disparada. Mas, sim uma variação positiva na margem de erro. “A gente aponta estabilidade nesse indicador no período dessa década. Em 2015 era um percentual de 3% e em 2024 era um 5%, essas estimativas estão dentro do intervalo da das margens da pesquisa, então a gente avalia que a posse do telefone do celular pelas crianças até 2 anos, ela tá estabilizada num patamar bastante inferior às outras faixas”.