Copel Telecom inicia entrega de protocolo IPv6
Tele.Síntese - 16/09/2015 - [gif]
Assunto: IPv6
15% dos clientes residenciais da operadora já têm endereço IPv6; média nacional é de 4,52%
A Copel Telecom começou a estabelecer conexões que usam o protocolo IPv6 de comunicação na internet. Segundo a empresa, 15% dos clientes residenciais da operadora já usam links com a versão mais recente do protocolo. No país, a 4,74% do usuários já navegam em IPv6, conforme dados da Cisco.
A transição do protocolo na versão antiga, IPv4, para a nova é uma força-tarefa internacional, iniciada em 2012, mas que começou efetivamente a ser feita no Brasil no final de 2014, e se intensificou em julho. “A Copel Telecom trabalha com o novo protocolo desde 2007, quando começamos a usar internamente e depois quando passamos a oferecê-lo a clientes corporativos. Desde então, estivemos à frente de todos os debates, investimos em infraestrutura e agora somos uma das primeiras operadoras no país a oferecer IPv6 a clientes de varejo”, afirma o diretor-presidente da Copel Telecom, Adir Hannouche.
O protocolo IP (Internet Protocol) é um conjunto de regras para que computadores e outros dispositivos eletrônicos possam conversar entre si. Cada aparelho – computador, smartphone, tablet – tem um endereço numérico que permite que as informações transitem pela rede.
Em 2012, provedores de internet, fabricantes de dispositivos eletrônicos e empresas de tecnologia de todo o mundo anunciaram oficialmente o início de implantação da versão IPv6 – tendo em consideração que o número de protocolos IPv4 já havia acabado em 2010. O movimento de transição começou sob coordenação da organização sem fins lucrativos Internet Society (ISOC), que divide a tarefa com organizações regionais.
Nos últimos três anos, os países passaram a usar blocos residuais de protocolos na versão antiga. Em junho do ano passado, o Comitê Gestor da Internet no Brasil anunciou que liberaria os endereços IPv4 restantes de forma gradual – cada provedor poderia solicitar apenas um bloco de 1.024 IPs a cada seis meses. “Cada dispositivo com acesso à internet usa um único endereço IP, ou seja, esse número era muito pequeno para qualquer operadora atender seus clientes, por isso, ficou ainda mais urgente a necessidade de trabalhar com a nova versão IPv6”, explica Hannouche.
Para trabalhar com o protocolo IPv6, no entanto, foi preciso modificar diversas estruturas. A Copel Telecom adaptou toda a cadeia de equipamentos de sua rede GPON (Gigabit Passive Optical Network) – desde aparelhos instalados na casa do cliente até roteadores de agregação, passando por banco de dados, servidores de autenticação e controle de políticas.
“Fizemos um projeto-piloto em 2014 com uma pequena amostra de usuários, tendo a missão de identificar possíveis problemas com o IPv6. Além disso, acompanhamos grupos de estudos ao redor do mundo que estavam desenvolvendo diversas técnicas de transição”, afirma Vendramin.
A transição de um modelo para outro não é tão simples. Para usar IPv6, todos os provedores, sites e aparelhos eletrônicos precisam comportar o novo modelo. Até atingir esse nível, os usuários manterão os dois tipos de protocolo, em sistema chamado dual stack. “Nós disponibilizamos IPv6 e mantemos o endereço IPv4, dessa forma, o sistema opta por qual protocolo navegar, dependendo do que o site ou o dispositivo comportar”, explica Vendramin.
Os dois protocolos conviverão juntos por muitos anos, até que todos os sistemas e dispositivos estejam operando com IPv6. Por conta dessa interdependência, é necessário que os agentes se adaptem ao novo modelo. “A tendência mostra que teremos internet em cada vez mais dispositivos, na chamada Internet das Coisas, por isso, é fundamental que essa transição aconteça de forma sincronizada. A Copel Telecom está pronta para a internet do futuro e espera ansiosamente por seu uso massivo em todo o mundo”, comenta Hannouche.
De acordo com o Google, 8,38% de seus usuários em todo o mundo acessam o site de busca por IPv6. No Brasil, esse índice é de 4,52%. Na América Latina, quem lidera é o Peru, com 15,12%. Estados Unidos têm 21,05% de usuários com IPv6 e quem lidera o ranking mundial são os belgas, com 35,48%. (Com assessoria de imprensa)