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30 MAI 2015

Conheça os dois gaúchos que, em 1995, já navegavam na web


Diário Gaúcho - 30/05/2015 - [gif]


Assunto: Internet

Um mês antes da criação da CGI.Br, ZH contou a história da professora Rove Chishman. A internet ajudou-a a concluir sua dissertação de mestrado. Na época, seu orientador foi morar nos Estados Unidos. Rove, então, passou a se comunicar com ele por e-mails. Todas as manhãs, sentava diante do micro 486 para trocar ideias e receber sugestões de bibliografia.

– Era difícil e caro usar a internet. Mas dependia dela para terminar meu trabalho, então passei a me conectar através de um servidor na UFRGS – lembra.

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Foi assim que Rove integrou o seleto grupo de 50 mil brasileiros que surfavam na web em 1995. Percorria um estreito caminho de navegação lenta e em sites confusos e chegava a esperar dois meses para receber da biblioteca, por e-mail, um artigo.

Passados 20 anos, a carreira dela evoluiu junto com a rede. Especializou-se em linguística e hoje é coordenadora do pós-graduação em linguística aplicada na Unisinos. Coincidência ou não, estuda o significado dos termos usados em buscadores como o Google.

– Desde aquela época, via a internet como um incrível caminho para inserção profissional e difusão do conhecimento – comenta.

O Brasil S2 a internet: os 20 anos da rede no país

A web continua vital para Rove. É por seu Mac que ela conversa com alunos e pesquisadores em outras cidades pelo Skype e aplicativos de conversa instantânea.

 

Há 20 anos, a esperava pelo acesso à Internet era notícia em ZH

Em 1995, fax, cartas e e-mail

Ao participar de um congresso, há 20 anos, Hugo percebeu que só ele não tinha um endereço de e-mail no cartão de visitas. Tratou de fazer assim que retornou para Porto Alegre

Em 1995, o pneumologista Hugo Goulart de Oliveira afirmou à ZH que o e-mail estava se tornando tão importante quanto o fax e as cartas. À época, ele participou de um congresso e ficou surpreso: seu cartão era um dos únicos entre os participantes que não informava endereço eletrônico.

– Quando fiz mestrado, era preciso marcar hora na universidade para pesquisar na internet. Era outra realidade – afirma Oliveira.

Agora, 20 anos depois, a internet se tornou indispensável no dia a dia do gaúcho – e ele conta que não tira mais o olho da caixa de entrada. Diferentemente da década de 1990, quando utilizava a rede basicamente para buscar informações médicas, hoje o mundo online possibilita novas interações entre especialistas e pacientes.

– Faço muitas conferências online. Além do e-mail, o Skype é uma ferramenta que uso bastante. Está até no meu cartão de visitas – diz.

Em 21 de abril de 1995, ZH contou a história de Hugo