Brasil já é o quarto na lista dos países mais ativos na geração de spam
Arquivo - Clipping 2004
25 de agosto de 2004
Veículo: Módulo Security Magazine
A Sophos, fornecedora britânica de soluções antivírus e anti-spam corporativas, divulgou nesta semana seu relatório mais recente dos países nos quais são gerados mais spam. Os Estados Unidos permanecem na liderança e o Brasil, que ocupava a sexta posição no relatório de fevereiro de 2004, passa agora para o quarto lugar.
Os pesquisadores da Sophos examinaram todos os spams recebidos em sua rede global de centros de monitoração no mês passado e montaram a lista dos 12 países campeões na geração de mensagens indesejadas. Os Estados Unidos permaneceram novamente na primeira colocação, gerando mais de 42% de todo o spam que circulou na internet.
"Quase nove meses se passaram desde que os Estados Unidos lançaram sua legislação CAN-SPAM na tentativa de banir as mensagens comerciais indesejáveis, mas parece que a lei teve pouco impacto pois, sem dúvida, o país é ainda o maior exportador de spam do mundo", afirmou Graham Cluley, consultor sênior de tecnologia da Sophos. "O Canadá conseguiu fazer algum progresso ao reduzir em mais da metade o volume de lixo virtual enviado pelo país - de 6,8% há seis meses para 2,9% atualmente", completou Cluley.
A Sophos destaca ainda que o país com mais conexões de banda larga do mundo, a Coréia do Sul, quase triplicou a porcentagem de mensagens originadas no país desde fevereiro passado, consolidando a segunda posição no ranking.
"Os spammers são motivados pelo fato de ver suas contas bancárias engordarem cada vez mais e muitos deles passaram a agir como crackers para manipular os computadores de usuários inocentes e desavisados para enviar seus e-mails com lixo virtual", diz o executivo. "Provavelmente, muitos dos computadores que enviam spams tiveram suas conexões de banda larga exploradas por crackers remotos. Computadores zumbis - os PCs capturados por crackers ou desenvolvedores de vírus - estão enviando aproximadamente 40% de todo o spam mundial sem o conhecimento aparente dos usuários", explica.
Para combater esse cenário crítico, uma boa sugestão está na leitura de duas cartilhas produzidas pelo grupo brasileiro de segurança NIC BR Security Office (NBSO), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil. Estamos falando da "Cartilha de Segurança para Internet" e das "Práticas de Segurança para Administradores de Redes Internet".
A primeira traz um capítulo (VI) dedicado exclusivamente para o tema "Spam", onde é abordado "o conceito de spam e os problemas que ele pode acarretar para usuários, provedores e empresas. Também são citadas técnicas de filtragem que podem ser utilizadas por usuários para tentar bloquear o recebimento de spam".
Já a segunda cartilha aborda a importância do controle de relay em servidores SMTP. Segundo o documento, "na sua configuração padrão, muitos servidores SMTP vêm com o relay aberto, permitindo que eles sejam usados para enviar mensagens para qualquer rede ou domínio, independentemente dos endereços envolvidos serem da sua rede ou não. Estes servidores são amplamente explorados para envio de spam".
A Sophos aconselha aos usuários e empresas a não adquirir produtos promovidos via spam e instalar uma solução de segurança consolidada no gateway de e-mail que ofereça proteção contra vírus e spams.
"Já foram sugeridas muitas medidas para atacar o problema do spam - desde a cobrança para o envio de e-mail até mecanismos de autenticação do remetente -, mas essas medidas isoladas não resolverão o problema. Apenas a combinação de tecnologia, legislação internacional e atitudes do usuário conseguirão dar um fim neste problema", conclui Cluley.
Confira a lista dos 12 países mais ativos - SPAM:
1. Estados Unidos - 42,53%
2. Coréia do Sul - 15,42%
3. China (e Hong Kong) - 11,62%
4. Brasil - 6,17%
5. Canadá - 2,91%
6. Japão - 2,87%
7. Alemanha - 1,28%
8. França - 1,24%
9. Espanha - 1,16%
10. Reino Unido - 1,15%
11. México - 0,98%
12. Taiwan - 0,91%
Outros - 11,76%
Mais informações:
Estudo da Sophos aponta países mais ativos na geração de spams
Cartilha de Segurança para Internet - NBSO
Práticas de Segurança para Administradores de Redes Internet - NBSO
