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27 DEZ 2011

Bancos e sites de pornografia têm domínios diferenciados






Associação Cantareira - 27/12/2011 - [ gif ]
Assunto: Domínio

Com vistas a tornar o acesso ao conteúdo mais seguro, os bancos brasileiros e os sites de pornografia terão domínios de internet diferenciados. As duas iniciativas, que não estão relacionadas, foram anunciadas em dezembro.

O novo domínio para os bancos começa a valer em janeiro. Em lugar da extensão comercial terminada em “.com.br” será adotada a “.b.br”. Assim, por exemplo, o correntista que tem por hábito pagar contas pela internet, consultar saldos ou se utilizar de outros serviços de internet banking (hoje, um em cada quatro clientes adotam tais serviços), ao invés de digitar “www.nomedobanco.com.br” deverá teclar “www.nomedobanco.b.br”.  

A proposta de mudança partiu do Comitê Gestor de Internet (CGI) e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com a meta de dificultar crimes de internet como o furto de dados dos usuários – chamado phishing; bem como de impedir a clonagem dos sites bancários, uma vez que a partir do novo domínio, tão logo o cliente digite o endereço do banco, um sistema de verificação atesta a autenticidade da página, antes que apareça a home-page na tela do computador.

Para utilizarem o novo domínio, os bancos devem comprovar a natureza de suas atividades junto ao CGI e ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR. Estima-se que os prejuízos por fraudes em páginas na internet de instituições bancárias tenham anualmente um custo de R$ 1 bilhão.

Controle de conteúdo pornográfico

Também em dezembro foi anunciada a aprovação de um novo domínio para sites de conteúdo pornográfico. A ratificação do “.xxx” partiu do ICANN (Internet Corporation for Assigned Names e Numbers), que controla os domínios mundiais de internet.

Cerca de 100 mil endereços de sites pornográficos já foram registrados com a nova extensão. De acordo com as entidades organizadoras de conteúdos na web, trata-se de uma tentativa para organizar os sites pornográficos na rede mundial de computadores, tal qual se faz hoje, por exemplo, com os conteúdos educacionais “.edu”, e o de organizações “.org”, para que se diferenciem dos comerciais, terminados em “.com”.

O novo domínio permite, por consequência, identificar conteúdos restritos. Dessa forma, por exemplo, os pais que desejam filtrar o acesso de crianças e jovens a tais sites podem programar que os filtros de site, evitem o acesso livre a endereços terminados em ‘.xxx”.  Estes sites também passam por uma checagem diária de antivírus, o que não acontece atualmente com todos os sites de pornografia na web. Aliás, estima-se que existam 370 milhões de sites com conteúdo pornográfico.