Alagoas tem a pior Internet do nordeste e a 52 do Brasil
Gazeta de Alagoas - 12/1/2022 - [gif]
Autor: Hebert Borges
Assunto: Mapa de Qualidade da Internet
Alagoas tem a pior intemet banda larga do Nordeste e a quinta pior do Brasil, segundo o Mapa de Qualidade da Internet, que é uma plataforma conduzida pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), entidade ligada ao CGI.br (Comite Gestor da Internet no Brasil). De acordo com os dados, a velocidade média de download em Al é 153 Mbit/'s.
Em Alagoas, o mapa aponta que Flexeiras tem a velocidade mais rápida de download, com 95,74 Mbit/s, seguido por Coité do Nóia com 71,48 Mbit/s e fechando o ranking está Pilar, com 68,07 Mbit/s. Já a conexão mais lenta de Alagoas é em Jundiá, com 1,35 Mbit/s, seguido por Quebrangulo, com 1,48 Mbit/s. Em Maceió, a velocidade da conexão é de 33,8 Mbit's.
No Distrito Federal, ocupa a p velocidade de download é de 63 Mbps por segundo, ante 6,6 Mbps no Amazonas, uma diferença de quase 10 vezes. Ao que portal de notícias UOL, Gabriela Marin, analista de projetos do NIC.br, explicou que a região Norte sofre com a baixa qualidade da internet por fatores demográficos e geográficos. Ela explica que, em comparação com outras regiões, Amazonas, Tocantins, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e Pará apresentam uma baixa densi dade demográfica, o que ii pacta o lucro dos provedores que oferecem o serviço na região.
"O relevo, por um lado, aumenta os custos de operação para implantar tecnologias de acesso de melhor qualidade, por exemplo, a fibra. Como consequência, ainda hoje diversas áreas no Norte só conseguem acessar a intemet via satélite, uma tecnologia que, devido a suas características intrínsecas, oferece uma qualidade de Internet inferior", analisa.
Na comparação com outros países, a velocidade e os deindices medidos no Mapa estão dentro da média dos países da OCDE - em tomo de 40 Mbps - o que nos colocaria próximo dos valores de Colômbia e México, por exemplo, como aponta o analista da NIC.br.
O Mapa de Qualidade da Intemet reuniu dados de naveg: ção de internautas de todo o país em um período dos seis últimos meses, coletados diariamente com medições feitas pelo SIMET. O estudo segue recebendo atualizações, inclusi ve, com a contribuição voluntária de pessoas que acessam a plataforma, "Quem navega pelo mapa também pode contribuir ao medir sua própria Intemet. ; são incorporadas de forma anônima e automaticamente pela ferramenta" explica Milton Kashiwakura, diretor de Proje tos Especiais e de Desenvolvimento do NIC.br.
Kashiwakura acredita que o Mapa pode ajudar gestores políticos e empresas prestadoras de serviços de intemet no país a desenvolver ações de melhorias no futuro.