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06 DEZ 2017

Fabricante falha e atrasa migração do datacenter da Globo.com


Convergência Digital - 05/12/2017 - [gif]


Autor: Roberta Prescott
Assunto: VII Semana de Infraestrutura da Internet no Brasil

A Globo.com, responsável por todo conteúdo online do grupo Globo, precisou trocar de fornecedor de equipamentos de datacenter no meio do processo de migração, uma vez que o contratado atrasou a entrega das máquinas.

Em palestra durante a 7ª Semana da infraestrutura da internet no Brasil,que acontece em São Paulo, Laura Gomes Panzariello, analista de telecom júnior da Globo.com, explicou que o cronograma inicial previa ter o datacenter pronto em agosto do ano passado, por ocasião dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, contudo, o atraso de entrega dos equipamentos obrigou a Globo.com a fazer um novo processo de compra. “Era uma compra grande e a fabricante chinesa não fez a entrega no prazo”, disse, sem revelar o nome.

O retorno à licitação aconteceu em dezembro de 2015. “O projeto de migração começou em 2014 e com o atraso, fizemos nova compra e tivemos de começar a migração em fevereiro de 2016, terminando em dezembro. Durante a Olimpíada e as eleições, quando a demanda para o site é grande, operamos os dois datacenters e congelamos o processo de migração”, contou.

O atraso na entrega dos equipamentos e a nova compra de outro fornecedor, obrigou a equipe a ter de reaprender a operar as máquinas. “O que mais aprendemos foi fazer uma arquitetura independente do fabricante, porque, se tivéssemos feito a arquitetura voltada para um fabricante não teríamos conseguido migrar”, disse.

Para Laura Gomes Panzariello, o grande ponto para conseguir seguir com a migração com a mudança de fabricante foi a automatização de diversos processos e o foco na padronização. “Sempre prezamos por padronizar toda a conexão, por usar tecnologias abertas e independentes de fabricante”, ressaltou.

A Globo.com optou por migrar de datacenter por causa, entre outros motivos, da limitação física e elétrica do datacenter que tinha hospedado em uma operadora do Rio de Janeiro, cujo nome não foi revelado por Panzariello.  Para o novo datacenter optou-se pela arquitetura spine-leaf ECMP L3, usando quatro spines e em cada rack possuindo dois leaf.

“Com a modularização em rack fica tranquilo escalar e crescer, e alta disponibilidade. Com esta arquitetura em rack, garantimos segregação física e lógica de ambientes”, explicou a executiva da Globo.com. O protocolo usado entre os suítes é o BGP.

Ao todo, são nove switches; 33 Vlans alocadas e 30 neighbors BGPs.Na comparação antes e depois, a capacidade elétrica saltou de 210 KVA de capacidade elétrica no datacenter antigo para 5 mil KVA; limitação de 2 mil máquinas passou para duas salas com 10 mil servidores e aumentou de 500 Gbps de banda total para 1 tera com capacidade de expansão.

No novo datacenter estão em uso 46 dos 118 racks projetados. Com a migração surgiu ainda a oportunidade de a Globo.com ter seu PIX, ou seja ser um ponto de intercâmbio de Internet. De acordo com Laura panzariello, fazer parte desse modelo não tem custo algum. Basta o provedor entrar em contato e solicitar a vistoria do IX.br.