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28 JAN 2019

Azul registra 4 milhões de traduções para Libras com Hand Talk


Estado de S. Paulo - 25/1/2019 - [gif]


Autor: Luiz Alexandre Souza Ventura
Assunto: Acessibilidade na Web

Número acumulado a partir de setembro de 2018 reflete a demanda das pessoas com deficiência auditiva por atendimento especializado. Empresa aérea afirma ter sido surpreendida pelo alto índice de uso da ferramenta.

Mais de 4 milhões de palavras traduzidas para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em aproximadamente quatro meses. Esse é o resultado que a Azul Linhas Aéreas registrou em seu website – www.voeazul.com.br – desde setembro de 2018, quando passou a oferecer a ferramenta da Hand Talk a seus clientes.

“Não imaginávamos que a receptividade seria tão alta. Existia, claramente, uma demanda reprimida de clientes com deficiência auditiva, pessoas que se sentiram mais acolhidos com o Hugo (avatar do Hand Talk) navegando lado a lado com eles em nosso site”, afirma Claudia Fernandes, diretora de marketing e comunicação da Azul.

A Azul foi a primeira companhia aérea na América do Sul a oferecer o recurso de acessibilidade. “Os maiores índices de traduções aconteceram em novembro e dezembro, com 2,5 milhões de palavras foram traduzidas da língua portuguesa para Libras”, comenta a diretora.

ACESSIBILIDADE WEB – A solução da Hand Talk também está incorporada ao #blogVencerLimites e faz parte de uma série de recursos de acessibilidade web que estão cada vez mais presentes.

“Acessibilidade web é a possibilidade, condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização das páginas e serviços disponíveis na internet em igualdade de oportunidades, com segurança e autonomia”, afirma o World Wide Web Consortium (W3C). “Quem não precisa da acessibilidade web?”, pergunta o escritório brasileiro, W3C Brasil, que lançou em dezembro do ano passado o terceiro fascículo de sua ‘Cartilha de Acessibilidade na Web’.

A publicação descreve o público-alvo, esclarece o conceito de ‘pessoa com deficiência’, relata as dificuldades encontradas ao navegar em uma página web sem acessibilidade, além de listar as tecnologias que podem ser utilizadas para promover autonomia na rede às pessoas com deficiência.

O trabalho apresentado pelo W3C Brasil é uma iniciativa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Foi elaborado em parceria com Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e está disponível para download gratuito em HTML, ePub e PDF.

CRESCIMENTO DO MERCADO – “É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente”, determina a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015).

Oferecer websites acessíveis, no entanto, ultrapassa as exigências da legislação. Trata-se de uma estratégia de negócios que pode ampliar muito as vendas porque essa transformação abre as portas da empresa (ou loja) para mais de 45 milhões de pessoas com deficiência (Censo IBGE 2010).

Há uma parcela substancial da população brasileira (24%) que tem poder de compra e busca produtos de qualidade, mas enfrenta barreiras, principalmente no comércio eletrônico, quando a acessibilidade é tratada como secundária e menos importante, avaliada como custo extra e não como investimento.

É fundamental compreender que pessoas com deficiência são constantemente impedidas de ir e vir porque a acessibilidade urbana quase não existe. E a internet é uma aliada essencial para buscar informações, resolver problemas do cotidiano, como ferramenta de comunicação e também para fazer compras.

Ignorar a importância da acessibilidade na web tem o mesmo impacto de manter a porta de uma loja física trancada e com as luzes apagadas em dia de bom movimento.

Para ampliar as formas de acesso e garantir a todas as pessoas com deficiência uma experiência completa e satisfatória no comércio eletrônico, nas relações corporativas e na socialização, duas empresas especializadas brasileiras em tecnologia assistiva – eSSENTIAL ACCESSIBILITY e Hand Talk – uniram forças.

A eSSENTIAL ACCESSIBILITY tem um aplicativo (browser) acessível gratuito (baixe aqui) com controle de cursor por face tracking, soluções de substituição de toque, mouses alternativos, posicionamento de cursor easy grid, ajuda de clique visual, leitor de tela, controle de cursor por voz e comando de joystick da cadeira de rodas, além de oferecer um serviço de Compliance em Acessibilidade Web, com um time de especialistas fazem uma avaliação detalhada de web e mobile, com base no Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) 2.0 Level AA Compliance, indicando as melhores soluções para tornar todos os meios digitais acessíveis.

Hand Talk é especializada em acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva, com destaque para o aplicativo que faz que traduz texto e voz automaticamente para Libras (Língua Brasileira de Sinais), com média de 150 mil usuários ativos por mês e 1,5 milhão de downloads desde sua criação, em 2012. Após a ativação da janela de acessibilidade, o usuário é apresentado ao Hugo, intérprete virtual que faz a tradução usando um banco de sinais (o maior do País entre os aplicativos e sites semelhantes, segundo a empresa).

As empresas pretendem fazem um intercâmbio de especialidades, apresentando todas as soluções para as duas carteiras de clientes, seja de forma simultânea ou em encontros individuais.

Entre as empresas que usam as soluções da Hand Talk e da eSSENTIAL ACCESSIBILITY estão Bayer, Cervejaria Colorado, Magazine Luiza, Riachuelo, Avon, ViaQuatro, Pinacoteca de São Paulo e Natura, única empresa brasileira presente por dois anos seguidos no índice global de Diversidade & Inclusão (D&I) da Thomson Reuters.