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15 JUN 2018

As redes sociais favoritas de jovens americanos, segundo esta pesquisa


Nexo Jornal - 13/06/2018 - [gif]


Autor: Guilherme Eler
Assunto: TIc Kids Online Brasil 2016

‘Migração’ nas redes sociais se intensificou nos Estados Unidos nos últimos anos e começa a ser observada também entre adolescentes brasileiros

Uma pesquisa feita com jovens de 13 a 17 anos nos Estados Unidos mostrou que a rede social mais popular do mundo não é a preferida dessa faixa de idade. Segundo um levantamento do órgão de pesquisa americano Pew Research Center, o Facebook é apenas a quarta rede social mais usada por adolescentes, ficando atrás de YouTube, Instagram e Snapchat. Apenas 51% dos entrevistados relataram fazer qualquer tipo de uso do Facebook. Essa porcentagem representa uma queda considerável desde 2015, último ano em que a pesquisa havia sido realizada. À época, 71% dos jovens revelaram ter um perfil ativo na rede social. Com 52%, e 41%, respectivamente, Instagram e Snapchat já tinham grande apelo entre usuários dessa idade. A pesquisa de 2018 marca a primeira vez em que o YouTube é incluído como rede social. O site se destacou como líder de acessos, sendo a preferência de 85% dos jovens. No caso do Instagram, o número foi de 75%. Snapchat, com 69%, e Twitter, com 32%, completam a lista dos 5 mais acessados. Ao todo, foram entrevistados 743 jovens americanos, entre março e abril de 2018. Cerca de 95% disse ter acesso a um smartphone, percentual que era de 73% em 2015. Na pesquisa anterior, 24% dos adolescentes, afirmaram estar online na internet “quase que constantemente”. Esse número alcançou a casa dos 48% no levantamento mais recente. Essa preferência on-line também mostrou variar de acordo com o sexo biológico: 42% das meninas identificaram o Snapchat como sua rede social mais usada - total que foi de 29% para os garotos. Para eles, o YouTube é o preferido 39% das vezes. As meninas, por outro lado, disseram gostar mais da plataforma de vídeos em 25% dos casos. Mais imagem Rede social preferida de jovens dos EUA entre 13 e 17 anos O Pew Research Center já havia notado nesta outra pesquisa, divulgada em março de 2018, que o YouTube passou a ser o site mais acessado, mesmo entre os adultos. Ainda que americanos maiores de 18 anos façam uso mais intenso do Facebook (68% disseram ter um perfil), a plataforma de vídeos do Google é utilizada por 73% da população. “A definição de mídia social vai além do Facebook. O site para compartilhamento de vídeos YouTube - que contém diversos elementos de socialização, ainda que não seja uma rede social tradicional - é usado por quase três quartos dos adultos dos Estados Unidos e 94% das pessoas entre 18 e 24 anos.” Trecho do levantamento “Uso de mídias sociais em 2018”, feito pelo Pew Research Center Apesar de cada vez menos privilegiado pela população americana, o Facebook permanece com gigantesco apelo mundial. Segundo balanço financeiro da própria empresa, a rede social contava, ao final de 2017, com 2,13 bilhões de usuários por todo o planeta. O total representa um incremento de 14% em relação a 2016. Uso de redes sociais por jovens no Brasil No Brasil, um dos levantamentos mais recentes sobre a presença de crianças e adolescentes nas redes sociais é o TIC Kids Online 2016, feito pelo CETIC.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação). A pesquisa entrevistou 2.999 crianças e adolescentes de 9 a 17 anos, entre novembro de 2016 e junho de 2017. Do grupo, 78% utilizam a internet para acessar redes sociais. O Facebook destacou-se como principal mídia: 75% dos entrevistados disseram ter uma conta. Esse número, porém, vem sofrendo ligeira queda nos últimos anos: em 2013, por exemplo, era de 83%. Redes sociais como o Instagram e o Snapchat, por outro lado, registraram aumento considerável desde que foram incluídos na pesquisa. O Instagram, por exemplo, saltou de 16% em 2013 para 36% em 2016. Em 2015 e 2016, 27% dos jovens declararam fazer uso do Snapchat. Questionado pela ausência do YouTube entre as opções, Winston Oyadomari, analista de pesquisas do Cetic.br, destacou ao Nexo que a atividade de assistir a vídeos pela internet é contemplada pelo indicador ‘Assistiu a vídeos, programas, filmes ou séries on-line’. Essa categoria contemplaria serviços de vídeo variados, desde plataformas de streaming, como o Netflix, até o próprio YouTube. A opção foi marcada por 64% dos usuários na pesquisa de 2016, o que colocaria o hábito na segunda colocação do ranking. “Se você tem um campo de acesso com identificação (login), comentários, você tem uma rede social”, argumenta Luciana Corrêa, pesquisadora da ESPM, em entrevista ao Nexo. De acordo com Corrêa, o consumo desse tipo de conteúdo por crianças cada vez menores tende a refletir sua preferência futura por redes sociais orientadas pelo audiovisual - como são, essencialmente, o Instagram e o YouTube. Para a pesquisadora, isso pode estar associado ao crescimento das referidas redes sociais, e eventual retração de mídias em que essas funções não são tão centrais, como o Facebook. “O conteúdo de vídeo está com a criança muito desde o começo, a partir da primeira infância”, disse. “Como começaram muito cedo como consumidores e hoje viraram produtores, a linguagem e a navegação são muito familiares. É uma geração que entende aquilo como linguagem natural, como é para a gente ligar uma televisão”. ESTAVA ERRADO: A primeira versão deste texto afirmava que o Snapchat pertence ao Facebook. Na realidade, a empresa de Evan Spiegel nunca aceitou as ofertas de Mark Zuckerberg. O texto foi corrigido às 18h34 de 13 de julho de 2018.

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/06/13/As-redes-sociais-favoritas-de-jovens-americanos-segundo-esta-pesquisa

© 2018 | Todos os direitos deste material são reservados ao NEXO JORNAL LTDA., conforme a Lei nº 9.610/98. A sua publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia é proibida.
Uma pesquisa feita com jovens de 13 a 17 anos nos Estados Unidos mostrou que a rede social mais popular do mundo não é a preferida dessa faixa de idade. Segundo um levantamento do órgão de pesquisa americano Pew Research Center, o Facebook é apenas a quarta rede social mais usada por adolescentes, ficando atrás de YouTube, Instagram e Snapchat. Apenas 51% dos entrevistados relataram fazer qualquer tipo de uso do Facebook. Essa porcentagem representa uma queda considerável desde 2015, último ano em que a pesquisa havia sido realizada. À época, 71% dos jovens revelaram ter um perfil ativo na rede social. Com 52%, e 41%, respectivamente, Instagram e Snapchat já tinham grande apelo entre usuários dessa idade. A pesquisa de 2018 marca a primeira vez em que o YouTube é incluído como rede social. O site se destacou como líder de acessos, sendo a preferência de 85% dos jovens. No caso do Instagram, o número foi de 75%. Snapchat, com 69%, e Twitter, com 32%, completam a lista dos 5 mais acessados. Ao todo, foram entrevistados 743 jovens americanos, entre março e abril de 2018. Cerca de 95% disse ter acesso a um smartphone, percentual que era de 73% em 2015. Na pesquisa anterior, 24% dos adolescentes, afirmaram estar online na internet “quase que constantemente”. Esse número alcançou a casa dos 48% no levantamento mais recente. Essa preferência on-line também mostrou variar de acordo com o sexo biológico: 42% das meninas identificaram o Snapchat como sua rede social mais usada - total que foi de 29% para os garotos. Para eles, o YouTube é o preferido 39% das vezes. As meninas, por outro lado, disseram gostar mais da plataforma de vídeos em 25% dos casos. Mais imagem Rede social preferida de jovens dos EUA entre 13 e 17 anos O Pew Research Center já havia notado nesta outra pesquisa, divulgada em março de 2018, que o YouTube passou a ser o site mais acessado, mesmo entre os adultos. Ainda que americanos maiores de 18 anos façam uso mais intenso do Facebook (68% disseram ter um perfil), a plataforma de vídeos do Google é utilizada por 73% da população. “A definição de mídia social vai além do Facebook. O site para compartilhamento de vídeos YouTube - que contém diversos elementos de socialização, ainda que não seja uma rede social tradicional - é usado por quase três quartos dos adultos dos Estados Unidos e 94% das pessoas entre 18 e 24 anos.” Trecho do levantamento “Uso de mídias sociais em 2018”, feito pelo Pew Research Center Apesar de cada vez menos privilegiado pela população americana, o Facebook permanece com gigantesco apelo mundial. Segundo balanço financeiro da própria empresa, a rede social contava, ao final de 2017, com 2,13 bilhões de usuários por todo o planeta. O total representa um incremento de 14% em relação a 2016. Uso de redes sociais por jovens no Brasil No Brasil, um dos levantamentos mais recentes sobre a presença de crianças e adolescentes nas redes sociais é o TIC Kids Online 2016, feito pelo CETIC.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação). A pesquisa entrevistou 2.999 crianças e adolescentes de 9 a 17 anos, entre novembro de 2016 e junho de 2017. Do grupo, 78% utilizam a internet para acessar redes sociais. O Facebook destacou-se como principal mídia: 75% dos entrevistados disseram ter uma conta. Esse número, porém, vem sofrendo ligeira queda nos últimos anos: em 2013, por exemplo, era de 83%. Redes sociais como o Instagram e o Snapchat, por outro lado, registraram aumento considerável desde que foram incluídos na pesquisa. O Instagram, por exemplo, saltou de 16% em 2013 para 36% em 2016. Em 2015 e 2016, 27% dos jovens declararam fazer uso do Snapchat. Questionado pela ausência do YouTube entre as opções, Winston Oyadomari, analista de pesquisas do Cetic.br, destacou ao Nexo que a atividade de assistir a vídeos pela internet é contemplada pelo indicador ‘Assistiu a vídeos, programas, filmes ou séries on-line’. Essa categoria contemplaria serviços de vídeo variados, desde plataformas de streaming, como o Netflix, até o próprio YouTube. A opção foi marcada por 64% dos usuários na pesquisa de 2016, o que colocaria o hábito na segunda colocação do ranking. “Se você tem um campo de acesso com identificação (login), comentários, você tem uma rede social”, argumenta Luciana Corrêa, pesquisadora da ESPM, em entrevista ao Nexo. De acordo com Corrêa, o consumo desse tipo de conteúdo por crianças cada vez menores tende a refletir sua preferência futura por redes sociais orientadas pelo audiovisual - como são, essencialmente, o Instagram e o YouTube. Para a pesquisadora, isso pode estar associado ao crescimento das referidas redes sociais, e eventual retração de mídias em que essas funções não são tão centrais, como o Facebook. “O conteúdo de vídeo está com a criança muito desde o começo, a partir da primeira infância”, disse. “Como começaram muito cedo como consumidores e hoje viraram produtores, a linguagem e a navegação são muito familiares. É uma geração que entende aquilo como linguagem natural, como é para a gente ligar uma televisão”. ESTAVA ERRADO: A primeira versão deste texto afirmava que o Snapchat pertence ao Facebook. Na realidade, a empresa de Evan Spiegel nunca aceitou as ofertas de Mark Zuckerberg. O texto foi corrigido às 18h34 de 13 de julho de 2018.

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/06/13/As-redes-sociais-favoritas-de-jovens-americanos-segundo-esta-pesquisa

© 2018 | Todos os direitos deste material são reservados ao NEXO JORNAL LTDA., conforme a Lei nº 9.610/98. A sua publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia é proibida.
Uma pesquisa feita com jovens de 13 a 17 anos nos Estados Unidos mostrou que a rede social mais popular do mundo não é a preferida dessa faixa de idade. Segundo um levantamento do órgão de pesquisa americano Pew Research Center, o Facebook é apenas a quarta rede social mais usada por adolescentes, ficando atrás de YouTube, Instagram e Snapchat.

Apenas 51% dos entrevistados relataram fazer qualquer tipo de uso do Facebook. Essa porcentagem representa uma queda considerável desde 2015, último ano em que a pesquisa havia sido realizada. À época, 71% dos jovens revelaram ter um perfil ativo na rede social. Com 52%, e 41%, respectivamente, Instagram e Snapchat já tinham grande apelo entre usuários dessa idade.

A pesquisa de 2018 marca a primeira vez em que o YouTube é incluído como rede social. O site se destacou como líder de acessos, sendo a preferência de 85% dos jovens. No caso do Instagram, o número foi de 75%. Snapchat, com 69%, e Twitter, com 32%, completam a lista dos 5 mais acessados.

Ao todo, foram entrevistados 743 jovens americanos, entre março e abril de 2018. Cerca de 95% disse ter acesso a um smartphone, percentual que era de 73% em 2015. Na pesquisa anterior, 24% dos adolescentes, afirmaram estar online na internet “quase que constantemente”. Esse número alcançou a casa dos 48% no levantamento mais recente.

Essa preferência on-line também mostrou variar de acordo com o sexo biológico: 42% das meninas identificaram o Snapchat como sua rede social mais usada - total que foi de 29% para os garotos. Para eles, o YouTube é o preferido 39% das vezes. As meninas, por outro lado, disseram gostar mais da plataforma de vídeos em 25% dos casos.

O Pew Research Center já havia notado nesta outra pesquisa, divulgada em março de 2018, que o YouTube passou a ser o site mais acessado, mesmo entre os adultos. Ainda que americanos maiores de 18 anos façam uso mais intenso do Facebook (68% disseram ter um perfil), a plataforma de vídeos do Google é utilizada por 73% da população.

“A definição de mídia social vai além do Facebook. O site para compartilhamento de vídeos YouTube - que contém diversos elementos de socialização, ainda que não seja uma rede social tradicional - é usado por quase três quartos dos adultos dos Estados Unidos e 94% das pessoas entre 18 e 24 anos.”
Trecho do levantamento “Uso de mídias sociais em 2018”, feito pelo Pew Research Center

Apesar de cada vez menos privilegiado pela população americana, o Facebook permanece com gigantesco apelo mundial. Segundo balanço financeiro da própria empresa, a rede social contava, ao final de 2017, com 2,13 bilhões de usuários por todo o planeta. O total representa um incremento de 14% em relação a 2016.

Uso de redes sociais por jovens no Brasil

No Brasil, um dos levantamentos mais recentes sobre a presença de crianças e adolescentes nas redes sociais é o TIC Kids Online 2016, feito pelo Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação).

A pesquisa entrevistou 2.999 crianças e adolescentes de 9 a 17 anos, entre novembro de 2016 e junho de 2017. Do grupo, 78% utilizam a internet para acessar redes sociais. O Facebook destacou-se como principal mídia: 75% dos entrevistados disseram ter uma conta. Esse número, porém, vem sofrendo ligeira queda nos últimos anos: em 2013, por exemplo, era de 83%.

Redes sociais como o Instagram e o Snapchat, por outro lado, registraram aumento considerável desde que foram incluídos na pesquisa. O Instagram, por exemplo, saltou de 16% em 2013 para 36% em 2016. Em 2015 e 2016, 27% dos jovens declararam fazer uso do Snapchat.

Questionado pela ausência do YouTube entre as opções, Winston Oyadomari, analista de pesquisas do Cetic.br, destacou ao Nexo que a atividade de assistir a vídeos pela internet é contemplada pelo indicador ‘Assistiu a vídeos, programas, filmes ou séries on-line’.

Essa categoria contemplaria serviços de vídeo variados, desde plataformas de streaming, como o Netflix, até o próprio YouTube. A opção foi marcada por 64% dos usuários na pesquisa de 2016, o que colocaria o hábito na segunda colocação do ranking.

“Se você tem um campo de acesso com identificação (login), comentários, você tem uma rede social”, argumenta Luciana Corrêa, pesquisadora da ESPM, em entrevista ao Nexo.

De acordo com Corrêa, o consumo desse tipo de conteúdo por crianças cada vez menores tende a refletir sua preferência futura por redes sociais orientadas pelo audiovisual - como são, essencialmente, o Instagram e o YouTube. Para a pesquisadora, isso pode estar associado ao crescimento das referidas redes sociais, e eventual retração de mídias em que essas funções não são tão centrais, como o Facebook.

“O conteúdo de vídeo está com a criança muito desde o começo, a partir da primeira infância”, disse. “Como começaram muito cedo como consumidores e hoje viraram produtores, a linguagem e a navegação são muito familiares. É uma geração que entende aquilo como linguagem natural, como é para a gente ligar uma televisão”.

ESTAVA ERRADO: A primeira versão deste texto afirmava que o Snapchat pertence ao Facebook. Na realidade, a empresa de Evan Spiegel nunca aceitou as ofertas de Mark Zuckerberg. O texto foi corrigido às 18h34 de 13 de julho de 2018.