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31 MAR 2016

NIC.br formaliza novo modelo de ligação ao IX.br




Ponto de Interligação Intermediário, ou CIX, reduz custos e agiliza adesão de novos participantes

Em reunião realizada com participantes do IX.br – Brasil Internet Exchange, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) formalizou a adoção de um novo modelo de compartilhamento de portas para troca de tráfego: o CIX, ou ponto de interligação intermediário. Benefícios como agilidade e economia de custos foram detalhados no encontro, que reuniu, na sede do NIC.br em São Paulo, 24 representantes de 11 empresas, e foi transmitido ao vivo pela Internet.

“Essa solução dá mais agilidade ao Internet Exchange de São Paulo, o primeiro a adotar o novo modelo, pois reduz o período de instalação e melhora o tempo de resposta em relação às ativações. É mais um passo do NIC.br na direção de aprimorar o serviço prestado pelo IX.br”, considera Milton Kashiwakura, Diretor de Projetos Especiais e de Desenvolvimento do NIC.br. Parte da solução de rede que compõe um Ponto de Troca de Tráfego (IX), o CIX agrega o tráfego de mais de um participante, interligando-os ao IX por meio de um canal de acesso compartilhado.

Para exemplificar a redução de despesas aos participantes, a conexão ao CIX envolve o custo de um slot de banda do provedor de transporte, e não de uma porta exclusiva, como prevê a conexão ao PIX. “Quando os sistemas autônomos passam a compartilhar portas, isso gera economia para todos, pois os recursos são utilizados de forma mais eficiente”, destacou Julimar Mendes, analista da equipe do IX.br.

O encontro teve a participação de Tiago Setti, da Algar Telecom, que apresentou a experiência na implantação e operação do primeiro CIX do IX.br de São Paulo que usa o novo modelo, com a tecnologia Q-in-Q. Entre as vantagens ressaltadas, está a possibilidade do IX.br e o cliente final poderem negociar as tags de VLAN necessárias diretamente, sem ser necessário que o operador do CIX mude sua configuração. “O maior número potencial de clientes, que não estão mais restritos pelo universo de 4094 tags de VLANs possíveis em uma rede L2, e o tempo de ativação mais curto devido à não haver necessidade de novos cross-connects também são vantagens que devem ser consideradas”, reforçou Setti.

Os CIXs são classificados em três tipos: pequeno porte, que pode interligar até 10 participantes; médio porte, que deve interligar até 50 participantes; e grande porte, que pode interligar até 100 participantes ao IX.br. Os CIXs de pequeno porte podem interligar-se por meio de ligação óptica sem redundância, ou seja, por uma única rota. Já os de médio e grande porte necessitam de uma interligação por meio de ligação óptica redundante, por duas rotas distintas e não sobrepostas. O CIX de grande porte utiliza a tecnologia Q-in-Q na interligação do participante ao IX.br.

Formalização de parcerias

Os procedimentos oficiais para as parcerias entre o NIC.br e operadores de CIXs e PIXs também foram apresentados na reunião. “Trata-se de um compartilhamento de infraestrutura, que exige o cumprimento de regras e o atendimento de requisitos operacionais”, explicou Julio Sirota, assessor da diretoria no NIC.br. A definição de deveres e obrigações de ambas as partes também tem o objetivo de promover qualidade, confiabilidade, neutralidade e isonomia dentro do IX.br. Sirota tratou dos documentos de acordo de cooperação, termos de ajuste, políticas técnicas e de uso que devem aplicados a todos os AS parceiros do NIC.br.

Sobre o IX.br

O IX.br – Brasil Internet Exchange é um projeto do NIC.br que promove e cria a infraestrutura necessária para a interligação direta entre as redes que compõem a Internet no Brasil. Com pico de tráfego total de 1,5 Tbit/s, as 25 localidades do IX.br ultrapassaram 100% de crescimento em um ano. Entre as vantagens dos Internet Exchanges estão a redução na latência (tempo necessário para obter um conteúdo da Internet), a organização da infraestrutura de rede da Internet e racionalização dos custos, uma vez que o tráfego é resolvido direta e localmente e não através de redes de terceiros.