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12 ABR 2007

Tecnologia brasileira de software livre pode ser tão importante quanto o biodiesel, diz coordenador do FISL






Veículo: W News
Data: 12/04/2007
Assunto: Software livre

São Paulo, 12 de abril de 2007 - Segundo Mário Teza, coordenador do 8º FISL (Fórum Internacional de Software Livre), que começa nesta quinta-feira (12/04) em Porto Alegre, o Brasil teria atualmente muitos dos melhores técnicos do mundo no setor, o que poderia tornar o país uma potência tecnológica nos próximos anos. "Na questão do software livre, o Brasil já fez um reposicionamento mundial. Hoje, a nossa indústria de tecnologia tem o mesmo potencial que o biodiesel no futuro, em seus respectivos setores", avalia.

Teza explica que os programas de código aberto se desenvolveram bastante no Brasil, mas as empresas ainda não são capazes de absorver esses mecanismos. "Há uma fuga de cérebros", afirma, mostrando, por exemplo, o estande da Google montado no FISL. A empresa seleciona no stand, profissionais brasileiros para trabalhar com essa tecnologia.

"Discussões que começamos aqui no FISL foram parar no Vale do Silício", diz, referindo-se à região dos Estados Unidos onde estão muitas das principais empresas de tecnologia do mundo. Teza organiza o fórum, que ocorre sempre em Porto Alegre, desde 2000, e afirma ter visto uma evolução enorme no desenvolvimento do setor.

"No primeiro ano foram nove palestras, hoje são quase 500", conta. O organizador do fórum faz questão de dizer que não se trata de uma feira de varejo, de venda de programas e de computadores . "É um evento-conceito, de troca, não de venda. Por isso mesmo o fórum ganhou a importância que tem. Não somos o maior evento de software livre do mundo em número de pessoas. A Alemanha, por exemplo, tem grandes eventos. Mas estamos entre os mais importantes".