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08 NOV 2006

Pesquisa mostra que 67% da população brasileira jamais navegou na internet






Arquivo do Clipping 2006

Veículo: Cidade Biz
Data: 08/11/2006
Assunto: Indicadores

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto br (NIC.Br), entidade civil que implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, está divulgando os resultados da o 2ª Pesquisa Sobre Uso da Tecnologia da Informação e da Comunicação no Brasil, a TIC Domicílios 2006.

Realizado entre julho e agosto em tido o país, o estudo trata de números referentes ao acesso às tecnologias de comunicação e informação em domicílios, o acesso individual a computadores e à Internet, atividades desenvolvidas na rede e acesso sem fio.

Foram feitas 10.510 entrevistas na zona urbana das cinco regiões do país.

Os dados mostram que fatores socioeconômicos ainda são os principais determinantes do acesso às tecnologias da informação no Brasil, já que o acesso a computadores e a serviços de Internet continua se concentrando nas grandes regiões metropolitanas, em famílias mais ricas e com nível de escolaridade mais alto.

"Nossas desigualdades sociais se reproduzem na pesquisa, mas já podemos notar alguns avanços com relação aos resultados do ano passado", diz Rogério Santanna, conselheiro do CGI.

Ele nota que o estudo aponta o aumento na posse de computador em famílias de classe B e C, a melhora na qualidade do acesso doméstico e o aumento do uso de centros de acesso público pagos, como as lan houses. "Mas ainda precisamos desenvolver políticas públicas diferenciadas para estimular o uso da Internet nas classes DE".

A pesquisa abrange também a posse de aparelhos mais convencionais, como TV, telefone fixo e celular.

Alguns dados:

• 97% dos domicílios têm aparelhos de televisão
• 49,7% contam com telefone fixo
• 68% possuem aparelhos celulares
• A presença de computadores nos domicílios passou de 16,6% em 2005 para 19,6% em 2006.
• As regiões Sul e Sudeste ficam acima da média nacional, com 25% dos domicílios com acesso ao computador
• Norte e Nordeste ficam bem abaixo, com 10% e 8,5%, respectivamente.

Internet

A internet está presente em 14,5% dos domicílios pesquisados em 2006, número que apresenta uma tendência de crescimento tímida em relação a 2005, quando se registrou 13%.

Novamente a classe social influencia: quanto maior a renda, a classe e a escolaridade, mais alta é a proporção de pessoas que possuem acesso doméstico.

"A principal justificativa entre aqueles que não dispõem de acesso à internet em casa é a falta de computador, o custo elevado desse equipamento e do acesso", diz Rogério Santanna.

A TIC Domicílios 2006 mostra que o tipo predominante de conexão nos domicílios é a discada (49,06%). A banda larga está presente em 28,64% das residências pesquisadas. É o alto custo desse tipo de acesso que impede o seu uso em grande escala no país.

Uso individual

Em relação ao uso individual, 45,6% dos entrevistados afirmaram já ter usado um computador, e 33% já acessaram a Internet pelo menos uma vez na vida, de qualquer lugar.

Com base nisso, constata-se que 54,4% da população brasileira nunca usou um computador, e 67% nunca navegou na Internet.

Entre aqueles que utilizaram a Internet nos últimos três meses (27,8%), o local predominante de acesso à rede é a própria casa, com 40%. Depois vêm os centros públicos de acesso pago (30%) e o trabalho (24,4%).

O incremento do acesso em centros públicos pagos se deu principalmente nas classes C (que passou de 19,55% em 2005 para 35,54% em 2006) e DE (que passou de 30,02% em 2005 para 48,08% em 2006).

Um dado interessante é que apenas 36,8% dos que já utilizaram computador declaram que a habilidade que têm com informática é suficiente para conseguir um emprego.

Comunicação móvel

Já para o acesso sem fio, a pesquisa apurou que 60,61% dos entrevistados utilizaram o telefone celular nos últimos três meses, e 46,3% da população afirma possuir um aparelho próprio. Desse total, 88,6% são telefones pré-pagos, e 60,5% usam o telefone para enviar e receber mensagens de texto.

Visite o site do Núcleo de Informação e Coordenação do Comitê Gestor aqui.