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01 AGO 2010

Novas ofertas para o gerenciamento de acesso






TI Inside - 08/2010 - [ gif ]
Autor: Jackeline Alfredo Antonio de Carvalho
Assunto: Pesquisa TIC

A CA lançou no final de julho a família de produtos Identity Manager, cujo principal diferencial é estender o gerenciamento de identidade às aplicações na nuvem. A empresa acredita que, independente se uma aplicação está dentro da empresa ou é hospedada na nuvem, gerenciar as identidades e controlar o acesso de usuários aos recursos mais importantes é uma função crucial para as organizações de TI.

Agora, o CA Identity Manager dá suporte ao provisionamento de usuários no Google Apps, suíte de ferramentas de comunicação e colaboração do Google, que inclui o Gmail e o Google Docs, e que estão disponíveis para empresas, escolas, organizações governamentais ou sem fins lucrativos. Os departamentos de TI podem automatizar as funções de gerenciamento de identidade - como provisionamento ou descredenciamento de usuários, de acordo com o papel de cada um, e requisições de acesso self-service – para estabelecer um sistema único e automatizado para a gestão de identidade na nuvem, no Google Apps, e para as aplicações existentes in-house.

“Grandes empresas estão adotando a computação na nuvem numa velocidade cada vez maior. E o CA Identity Manager as ajuda a lidar de modo mais fácil com a implementação e a gestão do acesso de usuários a aplicações baseadas na nuvem, tais como Google Apps – e de forma automatizada e centralizada”, afirmou Scott McMullan, líder do Google Apps, à época do lançamento do produto.

Implementação e gestão de acesso são, diga-se de passagem, as modalidades de segurança da informação mais disputadas no momento. Segundo o Gartner, mundialmente esta área crescerá 8% em 2010, totalizando US$ 9,9 bilhões. No ano passado, a indústria do setor registrou receita de US$ 9,2 bilhões.

Na avaliação da consultoria, as áreas de conformidade com regulamentações governamentais e análise de requerimentos serão as principais impulsionadoras dos investimentos em IAM. Um dos exemplos recente é o projeto da BMW. Conduzida pela Logica, provedora global de serviços de TI, a implementação suporta mais de 200 mil usuários e centraliza todos os processos de autorização e aprovação. Um dos resultados do projeto foi a simplificação dos cadastros de novos usuários e senhas, feito em três horas para todos os sistemas aos quais o usuário terá acesso. A conexão e a sincronização de sistemas de terceiros - como a troca de dados do funcionário, revendedor ou informações de contrato, tornam a tarefa de gerenciamento dos administradores de TI mais rápida.

“Além de aumentar a segurança,

o IAM também simplifica o gerenciamento de acesso para usuários internos e externos”, explica Andreas Neumann, consultor de gerenciamento e gerente de projetos da Logica na Alemanha. O sistema modela milhares de funções com 15 processos de permissão e dependências complexas.

Market share

O Gartner observa que mesmo diante do fato de a desaceleração econômica ter afetado o mercado de IAM, esses sistemas continuam sendo prioritários na comparação com outras tecnologias. Tanto que as empresas estão buscando alternativas de compras para não abrirem mão da funcionalidade, e migrando inclusive para o software como serviço (SaaS). O IAM em SaaS responderá por 1% a 5% dos orçamentos das companhias neste ano.

Até 2013, a consultoria prevê que o mercado de gerenciamento de identidade e acesso deve registrar receita de US$ 11,9 bilhões. Uma oportunidade pela qual os fabricantes de dispositivos de rede – roteadores, switches e modems, principalmente – estão prontos ou se preparando para disputar.

Novata nesta área, a D-Link,por exemplo, intensificou seus lançamentos e melhorou a estratégia comercial para mostrar ao mercado a eficiência da segurança quando o tema é tratado no âmbito das redes corporativas. “As falhas de segurança ocorrem muito dentro da rede, e como a D-link atua em todas as instâncias desta infraestrutura, oferecendo solução fim-a-fim, ficou mais simples a oferta de soluções de segurança”, diz Taciano Pugliesi, gerente de produtos da D-Link.

Segundo ele, a empresa já registra uma alta demanda pelos produtos da linha Net Defend, principalmente pela adesão de pequenas e médias empresas (PMEs), e um market share oscilando entre 8% e 10% nesta área. Mas suas pretensões são ambiciosas. “Queremos dar foco total em segurança de acesso”, diz Pugliesi.

Não por acaso, a gigante HP, que recentemente reformulou todo o seu portifólio de soluções corporativas, incorporando os sistemas da 3Com, também está fortemente empenhada em fomentar a área de gerenciamento de acesso. Denis Prado, sales specialist da Tipping Point, divisão de segurança dentro do grupo HP Networking, reforça que a companhia tem dado muita ênfase aos sistemas de prevenção contra de intrusão.

Seus dispositivos de rede, tanto switches, quanto os access point wireless, dispõem de mecanismos que permitem o controle de acesso centralizado e, dependendo do perfil do usuário, o coloca em um segmento de rede segregado para evitar grandes riscos. “Esta é uma tecnologia que não só controla a entrada do usuário, mas também monitora as suas atividades, porque integra as soluções de IPS com a solução de rede. A partir do momento em que o usuário tem um risco na máquina, o equipamento detecta e segrega o usuário para que não haja degradação da performance da rede”, explica Prado.

CONTROLE

Acessar os servidores corporativos a partir de celulares e outros dispositivos portáteis se tornou algo corriqueiro entre os profissionais, principalmente os altos executivos. E apresenta um problema aos CIOs e outros membros da cadeia que precisam zelar pela integridade das informações e pela performance do acesso. O acesso remoto ao sistema de computadores já atinge a 25% das empresas com computadores, ou 10 pontos percentuais a mais do que o número registrado em 2006.

Os dados da 5ª Pesquisa Sobre uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil (TIC Empresas 2009), realizado pelo Centro de Estudos Sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), mostram que um número cada vez maior de empresas oferece a possibilidade de trabalho remoto aos seus colaboradores. Uma tendência que pode estar ligada à mudança na cultura organizacional, em virtude da globalização dos negócios, que exige mobilidade, na visão do gerente do CETIC.br, Alexandre Barbosa.

Os índices de utilização do acesso a distância aumentam conforme maior for a empresa. Segundo o levantamento, 62% das grandes companhias com mais de 250 funcionários oferecem essa modalidade; nas médias (entre 100 e 249 colaboradores), a porcentagem cai para 43% e, nas pequenas, 20%.

Outro dado a se destacar no estudo é que a adoção dos celulares corporativos está em expansão. De acordo com o trabalho, 65% das companhias nacionais utilizam esse recurso, das quais afirmam usar o aparelho para, além do recurso de voz, o envio de dados e recebimento de SMS e MMS. A pesquisa também aponta que a conexão via celular ou modem 3G subiu de 4% em 2006 para 10% em 2009.

A 5º edição do TIC Empresas também aponta que quase metade das empresas veta o acesso a redes sociais. Segundo o estudo, sites como Facebook, Twitter, Orkut e similares são proibidos por 48% das companhias entrevistadas para o estudo. Os itens denominados pelo TIC Empresa como “sites de comunicação” (mensageiros instantâneos e Skype, por exemplo) são proibidos por 41% e e-mails pessoais, por 30%.