Educação digital para crianças é tema de palestra, hoje, ao vivo, pelo Facebook
Diário Catarinense - 05/12/2017 - [gif]
Autor: Viviane Bevilacqua
Assunto: TIC Kids Online Brasil 2016
Devo deixar meu filho usar a internet? Quantas horas por dia? Como saber o que ele está acessando? Tem como fazer um controle? Se eu ficar vigiando o que ele acessa é invasão de privacidade? Quais os perigos e prejuízos que a internet pode causar no desenvolvimento das crianças? Se você tem estas dúvidas (que são comuns à grande maioria dos pais deste século 21), tente arranjar um tempinho na agenda nesta terça-feira, dia 5, às 15h. Não precisa nem sair de casa ou do trabalho. Neste horário, a pesquisadora Luciana Corrêa, coordenadora da área de pesquisa sobre Famílias e Tecnologia do ESPM Media Lab, vai falar sobre A educação para o consumo de internet, na Escola Bilíngue Pueri Domus, em São Paulo. Mas o legal é que a palestra será transmitida ao vivo pelo Facebook, ou seja, será possível acompanhar o que ela diz em tempo real, é só estar conectado.
Luciana é especialista nesta área, e vai abordar temas como os hábitos das crianças brasileiras nas redes sociais, a mediação dos pais e o uso destas novas tecnologias digitais no processo de aprendizagem, tanto na escola quanto em casa. Ela também vai apresentar dados sobre esse cenário que precisa ser debatido e discutido por pais e educadores. Ela informa que o Brasil tem uma presença maior e mais significativa de crianças e jovens nas redes sociais quando comparado a outros países como Portugal, Bélgica, Reino Unido, Itália e Irlanda. Segundo dados da pesquisa TIC Kids Online Brasil do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), oito em cada dez crianças e adolescentes são usuárias de internet. São cerca de 24,3 milhões de usuários entre 9 e 17 anos, o que corresponde a 82% da população brasileira nessa faixa etária. Desses usuários, 91% se conectaram pelo celular e 86% possuem perfil próprio em redes sociais.
Outro estudo mostra que crianças de seis a 12 anos no Brasil têm o hábito de acessar também o Instagram, mesmo que esta rede social seja direcionada, conforme sua política de privacidade e regras de uso, para maiores de 13 anos. O que isso significa, na prática? Segundo Luciana, esses estudos mostram a relevância de discutir a educação para os meios digitais, que deve começar em casa por meio da supervisão dos pais, e ser abordada também nas escolas. É preciso que as crianças e adolescentes tenham clareza sobre questões como privacidade e proteção de dados, para que se possa maximizar os benefícios e minimizar os riscos da internet.
''Se a relação da cultura, da mídia e as novas tecnologias já é parte da sociedade contemporânea, entender e observar a presença delas e a relação das crianças nas redes sociais é de fundamental importância para refletirmos em que medida é preciso regulamentar, proibir ou educar para o seu uso, pois já não se trata de um ambiente exclusivo dos adultos'', afirma Luciana. Interessados em participar da transmissão ao vivo podem acompanhá-la pela página do evento no Facebook: https://business.facebook.com/events/252562148607231/
