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30 NOV 2016

Cresce inclusão digital de hospitais brasileiros


Portal do Canal - 29/11/2016 - [gif]


Assunto: TIC Saúde 2015

Estabelecimentos de saúde públicos e privados no Brasil aumentaram a presença na Internet por meio de websites e perfis em redes sociais. Essa é uma das constatações da pesquisa TIC Saúde 2015, conduzida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

A publicação anual da pesquisa, que apresenta artigos de especialistas e os principais resultados da investigação, foi lançada nesta segunda-feira (28) durante o XV Congresso Brasileiro de Informática em Saúde, o CBIS 2016, na cidade de Goiânia (Goiás).

Os resultados revelam um aumento de 12% da presença online por meio de websites: em 2014, 27% dos estabelecimentos de saúde possuíam website, diante de 39% em 2015. Já em relação a redes sociais, o crescimento foi de 10 pontos e chegou a 33% dos estabelecimentos de saúde com perfil nessas plataformas.

Registro eletrônico
Outro aspecto apontado pela pesquisa é o armazenamento eletrônico de informações dos pacientes, que está entre os desafios mais importantes das políticas de informatização do setor. Entre os que possuíam acesso à internet em 2015, apenas 16% registravam dados dos pacientes exclusivamente por meio eletrônico, 59% parcialmente em papel e parcialmente em formato eletrônico e 24% utilizam exclusivamente o papel.

O estudo também aponta que o registro eletrônico de informações de natureza administrativa estava mais disponível que o registro de dados de atenção clínica, ou seja, aqueles que podem apoiar mais diretamente o cuidado aos pacientes.

Os dados cadastrais dos pacientes estão disponíveis eletronicamente na maior parte (78%) dos estabelecimentos que utilizaram a Internet. Já os sinais vitais dos indivíduos estão disponíveis eletronicamente em 34% dos estabelecimentos de saúde que usaram a internet; os laudos de exames radiológicos em 27% e imagens de exames em 20%.

O estudo verificou também que os estabelecimentos públicos de saúde são os que mais disponibilizam serviços de telessaúde e telemedicina. Do total de estabelecimentos pesquisados, 16% declararam fazer parte de alguma rede de telessaúde, proporção que chega a 27% daqueles da esfera pública, e apenas 4% dos estabelecimentos privados.

Infraestrutura e gestão de TI
A pesquisa revela um avanço na proporção de estabelecimentos públicos com acesso à internet (74%, em 2015), confirmando a tendência observada em 2013, quando apenas 57% destes estabelecimentos utilizavam a Internet. Contudo, permanece a diferença em relação à proporção do acesso nos estabelecimentos privados, praticamente universalizado desde o início do levantamento (99%).

A velocidade de conexão contratada apresentou variações em relação a 2014: houve um aumento significativo na proporção daqueles que contratam conexões com velocidades de 10 Mbps a 100 Mbps, passando de 13% para 23%, em 2015. Os dados reforçam a tendência de crescimento observada desde 2013, quando apenas 10% dos estabelecimentos possuíam esta velocidade de conexão contratada.

No que diz respeito à gestão de TI, apenas 25% dos estabelecimentos possuem uma área ou setor responsável pela atividade. Os estabelecimentos com mais de 50 leitos de internação (71%) e localizados em capitais (38%) contam com uma área de TI em proporções maiores do que os demais. O estudo mostra ainda que apenas 6% dos estabelecimentos de saúde conectados possuíam, em 2015, um profissional de saúde em sua equipe de TI.

Em sua 3ª edição, a TIC Saúde entrevistou 2.252 gestores de estabelecimentos de saúde em todo o território nacional, além de 1.242 médicos e 2.197 enfermeiros. A coleta de dados ocorreu entre novembro de 2015 e junho de 2016. A pesquisa na íntegra pode ser vista no site do Cetic.br.