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31 MAR 2008

Classe C garante seu micro e já é 35% dos internautas






Bom Dia - Bauru - 31/03/2008 - [ gif ]
Autor: Reinaldo Chaves
Assunto: Indicadores

Motivo é o aumento das vendas dos computadores no país, diz pesquisa

Com o aumento na venda de computadores, que chegou a cerca de 10 milhões de unidades em 2007 no país por conta dos preços menores e facilidades no pagamento, os internautas da classe C já representam 35% do total.

Os dados são do IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau Brasil), que estima que a penetração da internet entre essas pessoas tende a continuar crescendo, chegando à marca de 40% até o final de 2008.

Segundo o presidente do IAB e diretor geral do portal Terra, Paulo Castro, "esse crescimento reflete a qualidade da cobertura que o meio oferece para as ações de marketing e consolida a internet como a segunda maior mídia de massa do país".

O instrutor de escolinha de futebol Leandro Avila Rodrigues, 22 anos, comprou mês passado seu primeiro computador.

Com o preço acessível e pela comodidade, ele adquiriu um notebook Toshiba de 512 MHz e HD de 60 GB para pagar em 12 parcelas de R$ 115 (R$ 1.380). "Fico uma média de duas horas por dia usando a internet para procurar oportunidades de trabalho", fala.

Pelo lado das lojas, os modelos mais vendidos são os mais econômicos, beneficiados com os incentivos fiscais e financiamentos que o governo realiza desde 2006.

O vendedor do Extra Eletro Valdecir Cruz, afirma que o modelo mais procurado é um computador Toshiba de R$ 999 ou em 19 parcelas de R$ 79,70 (R$ 1.514,3), que tem 512 MB. "Por mês, chegamos a vender mais de 40 computadores", fala.

No ano passado, ao anunciar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o governo elevou os limites máximos para a obtenção de benefícios fiscais (isenção Pis e Cofins) de R$ 2,5 mil para R$ 3,5 mil (no caso dos computadores de mesa) e de R$ 3 mil para R$ 4 mil (no caso dos portáteis). Outra medida foi incluir os computadores portáteis que custem até R$ 1,8 mil no programa Computador para Todos, que financia as máquinas.

Preço alto ainda é principal barreira Apesar dos bons números de vendas de computadores no ano passado, o preço dessas máquinas continua sendo uma barreira para a maior parte da população.

O NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto br), uma entidade civil sem fins lucrativos que, desde dezembro de 2005, implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, realizou a 3ª Pesquisa Sobre Uso das Tecnologias de Informação e da Comunicação no Brasil. O estudo revelou que 78% das pessoas que não possuem computador em casa afirmam que o motivo é o custo elevado.

O levantamento constatou que o preço do computador é uma barreira para que 87% das pessoas com renda familiar até R$ 380 compre o equipamento. Famílias que ganham de R$ 381 a R$ 760, 83% também disseram que o alto custo é o motivo que impede a aquisição.

A pesquisa mostra, ainda, que o preço é mais significativo para quem mora no Nordeste. Por lá, 86% das pessoas que ainda não possuem um computador em casa afirmam que a compra não foi feita por causa dos preços elevados. No Norte esse percentual cai para 82%, seguido por Sul (78%), Sudeste (74%) e Centro-Oeste (71%).