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27 MAI 2008

Brasil quer emergir como potência mundial em TI






Sulrádio - 27/05/2008 - [ gif ]
Assunto: Indicadores

Próxima de completar 20 anos no Brasil, a acentuada disseminação da Internet e seu uso continuam em franca ascensão. O detalhe, porém é que agora, pelo menos dentro das empresas, esse crescimento vem ganhando novos contornos.

Isso porque à medida que o comércio eletrônico avança e se consolida, surge a necessidade de se otimizar todos os processos que envolvem gestão e cadeia de valor.

Daí a forma mais eficaz de tal sinergia ser alcançada é tirando o melhor proveito possível das ferramentas on-line. Ao que tudo indica essa tendência de crescimento vem estimulando outra: a da sofisticação.

Redes locais sem fio, ERP, entre vários outros avanços vêm exigindo cada vez mais velocidade e largura de banda.

Segundo divulgou o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), entidade civil criada para implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet, os computadores estão presentes em 95% das empresas brasileiras.

A constatação é um dos itens do documento produzido pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), a partir de números levantados entre 2,3 mil empresas com dez funcionários ou mais, pertencentes ao setor organizado da economia no Brasil, listadas na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e no Cadastro Central de Empresas do IBGE.

O estudo denominado TIC Empresas, que está em sua terceira edição, apresenta dados sobre a penetração e uso da Internet em companhias de todo o País, incluindo indicadores sobre o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), comércio eletrônico, governo eletrônico, segurança na rede e habilidades no uso das TICs.

Na seqüência a pesquisa ainda informa que todas as empresas que utilizam computadores (e a informatização aumenta proporcionalmente ao porte), o acesso à Internet chega a 97%. O nível de sofisticação no uso das diferentes tecnologias de conexão, também tem indicadores ascendentes.

O estudo mostrou que o modem digital do tipo, "xDSL" é usado em 64% das companhias. Em seguida, vem o acesso por modem via cabo (18%), e a conexão via rádio (15%).

Somente 8% das empresas fazem uso do acesso discado dial up.

A pesquisa detectou crescimento no percentual de empresas que têm rede sem fio, de 17% para 28% entre 2006 e 2007. As redes com fio, por outro lado, experimentaram uma redução de 87% para 77% na proporção de companhias que ainda as usam.

Em relação às velocidades, 44% têm redes com velocidade de download entre 301 Kbps e 2 Mbps, e 26% com velocidade de até 300 Kbps.

Apenas 4% das empresas possuem conexões acima de 2 Mbps, e 26% não souberam responder qual a velocidade.

As regiões Norte e Nordeste são as que apresentam maiores percentuais de empresas com velocidades mais baixas de download: 33% e 35%, respectivamente, têm redes com velocidades de até 300 Kbps.

Esses dados sobre a velocidade são interessantes, especialmente para as operadoras. O nicho atual de prestação de serviços de conexão focado entre 300kbps e 2Gb se mantém tão somente porque as redes 3G ainda carecem de obter maior escala e robustez.

Apesar do número de empresas utilizando velocidades acima de 2Gb ser pequeno, pode-se constatar que a demanda por velocidades maiores está represada.

Duas observações podem ser feitas a respeito da dinâmica do desenvolvimento das redes: até poucos anos atrás, o trivial era que a oferta de novos recursos tecnológicos fosse feita às corporações que, ao aderirem com o tempo, abriam espaço para a oferta de serviços no âmbito residencial.

Com o surgimento das redes 3G, o caminho mais viável tem sido trilhado primeiramente pela via residencial, para só agora estar chegando nas empresas. A explicação para isso é perceptível, uma vez que o nível de exigência dos usuários residenciais, quanto à segurança e estabilidade, não é tão alto quanto das corporações.